Em mais uma tentativa de não se distanciar dos líderes, um desfalcado Vasco recebe o Bahia, neste domingo, às 18h30, em São Januário, pela 23.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico Cristóvão Borges não vai poder contar com oito jogadores. Em compensação, como o clube não pode ser alcançado no G4, independente do resultado, vai bater o recorde de rodadas entre os quatro primeiros colocados do Brasileirão: 48, sequência que começou em julho do ano passado.

A marca anterior, de 47 rodadas, pertencia ao Cruzeiro, nas campanhas de 2003 e 2004. Cristóvão Borges, apesar de feliz pela conquista, lamentou a dificuldade em contratar reforços para repor a venda de jogadores importantes como Fagner, Romulo e Diego Souza. Foi depois da saída deles que o Vasco balançou na disputa pelo título do Campeonato Brasileiro.

"É bastante difícil ter uma regularidade dessa. Mas é pouco para o que queremos, que é o título", garantiu o treinador. "É uma pena o Vasco não ter podido fazer, por causa das dificuldades financeiras, um investimento para aproveitar o momento. Mas há uma herança de dívidas que impede. Com isso mudando, e a diretoria está trabalhando nesse sentido, vai melhorar", disse o técnico.

A preocupação de Cristóvão Borges com o jogo deste domingo só não é maior porque o meia Juninho Pernambucano voltou a treinar e foi confirmado para a partida. Em compensação, na lateral esquerda, sem opções, o técnico deve escalar o jovem Dieyson, recentemente promovido das categorias de base. O atleta, no entanto, segundo o treinador, "está há muito tempo sem participar de um jogo no Brasileirão". "Como temos muitos outros problemas, o ideal é fazermos o simples".

No ataque, Eder Luis e Tenório disputam vaga para compor a dupla com Alecsandro. O primeiro voltou de lesão no empate com o Náutico, mas não conseguiu entrar em campo devido à lesão de Auremir. Tenório, que também se recupera de tempo parado por lesão, não iria jogar os 90 minutos, mas teve de suportar o jogo inteiro para não deixar a equipe com um a menos.