O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), não se licenciou do cargo para cuidar da campanha do seu candidato e vice-prefeito, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). Apesar disso, o chefe do Executivo assume papel importante no processo para comandar a reorganização do grupo de vereadores, após a manutenção do popular-socialista como representante da administração no pleito.

Fontes ouvidas pelo Diário garantem que o trabalho com os possíveis parlamentares terá a mesma importância que a campanha majoritária. A intenção é trabalhar para eleger dez vereadores entre 140 candidatos.

Comenta-se nos bastidores que o grupo governista precisa fazer um Legislativo forte logo na eleição para alavancar o nome de Dedé - abalado com o indeferimento no registro de candidatura.

Presidentes dos partidos mais representativos do grupo (PPS, PR, PV, PSDB, DEM) e Volpi fazem reuniões diárias para traçar as estratégias de valorização dos postulantes ao Legislativo. "Preciso reagrupar com os vereadores para que eles sustentem a candidatura de Dedé na rua", afirma o prefeito.

A mudança na estratégia da campanha ocorre após o popular-socialista decidir que segue na disputa pelo Paço de Ribeirão, apesar do TRE-SP (Tribunal Regional de São Paulo) manter o indeferimento do registro de candidatura. O vice-prefeito entrou com recurso ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O imbróglio jurídico compromete a arrecadação de recursos para a campanha eleitoral. Com o cenário incerto, empresários deixaram de contribuir. "Teremos reuniões, pois precisamo recompor a questão financeira para que ninguém fique fora do sistema", destaca Volpi.

A segunda parcial de prestação de contas divulgadas pelo TSE aponta que Dedé arrecadou R$ 13.093,00 e gastou R$ 183.145,60.