O prefeito de Diadema e candidato à reeleição pelo PT, Mário Reali, relembrou ontem as melhorias feitas na favela Naval, que passa por obras de urbanização e que virou referência de violência no passado. Em julho, 72 apartamentos foram entregues no Conjunto Habitacional Piraporinha 2. Até o fim do ano, está prevista ainda a conclusão de obras de requalificação habitacional em 269 moradias já consolidadas.

"Eu tenho orgulho de falar da Naval. Até o presidente Lula esteve aqui para entregar a primeira parte do programa (Nova Naval)", afirmou Reali, ao microfone. Em cima do carro de som, ele percorreu não só a favela na parte da manhã como também a Vila São José e a Vila Nova Conquista. À tarde, ele visitou o Jardim Rey.

O petista citou também o programa Tá Bonito, que se encontra na última etapa. "Trata-se da melhoria das unidades habitacionais da Naval. Hoje ainda temos 17 ou 18 barracos de madeira, mas estamos trabalhando para que não haja mais nenhum."

Reali falou ainda sobre as academias ao ar livre, já que a atividade de campanha ontem teve início em frente a uma delas, na Vila São José, inaugurada há cerca de dois meses. "Queremos uma cidade mais saudável. Tudo bem comer uma fritura de vez em quando, mas utilizar a academia é importante", brincou. Atualmente, existem dez desses equipamentos espalhados pelo município.

Dando prosseguimento à habitual prestação de contas, o prefeito citou a construção da Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Senador Teotônio Vilela, também na Vila São José, e de uma creche na favela Naval. A intervenção na rede de esgoto também foi comentada. "Nós vamos refazer um trecho de rede para melhorar o sistema de bombeamento e adequar o coletor tronco", disse. "Aqui (região Leste) é a parte principal a ser terminada e já está quase concluída."

POLÊMICAS - Na sexta-feira, a Justiça concedeu decisão favorável ao prefeiturável Lauro Michels (PV) determinando que o PT retirasse da internet vídeos que usavam a figura do verde de forma indevida. Segundo a juíza da 329ª Zona Eleitoral de Diadema, as gravações buscavam denegrir a reputação de Michels, que entrou com representação não só contra a sigla mas também contra Reali, sua coligação, alguns militantes petistas e dois sites.

Questionado sobre o fato, Reali afirmou que o conteúdo que circula nas redes sociais é difícil de ser controlado, mas assegurou que não tem responsabilidade sobre o material. "Eu acredito que dificilmente a ação tenha sido orquestrada pelo partido. Agora, pode ser até (de responsabilidade de) um militante."

O candidato à reeleição afirmou que não quer atacar os adversários, e sim debater ideias. "Nosso programa (de governo) está disponível no site e estamos levando-o para as ruas. O que eu quero é fazer o debate de proposta, mas até agora não vi a dos nossos adversários", alfinetou. "Por enquanto, eu só estou ouvindo ‘vou fazer isso e aquilo', mas quero ver o plano de governo deles", disse.