Política Titulo Ambiente tumultuado
Ausência de Bonome expõe
crise na relação com Paço

Ventila-se que secretário de Gabinete de Santo André é
pressionado a pedir exoneração do cargo no 1° escalão

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
22/11/2011 | 07:36
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O sumiço do secretário de Gabinete de Santo André, Nilson Bonome (PMDB), nas articulações com partidos, interlocução de projetos na Câmara e atos públicos escancarou o estremecimento de sua relação com o governo Aidan Ravin (PTB). A perda de espaço do homem-forte do governo tem refletido no ambiente interno, segundo informações de dentro do Paço. Ventila-se que o peemedebista está sendo pressionado para pedir a exoneração do cargo no primeiro escalão.

Sem aparecer no Legislativo há duas semanas, o secretário pediu férias de 15 dias da Prefeitura ainda em novembro. Porém, especula-se que Aidan não está disposto a conceder o benefício, o que criaria a brecha para o rompimento político. Essa seria a segunda férias de Bonome em três meses. O governo não informou se o prefeito irá assinar o requerimento do secretário.

Após o prefeito puxar as rédeas da maioria de suas atribuições há cerca de 40 dias, Bonome tenta esconder em público a insatisfação com o enfraquecimento. O pagamento a fornecedores da Prefeitura está passando por espécie de auditoria para que, a partir de agora, todos os contratos obtenham a sinalização positiva do chefe do Execujtivo.

O mandatário entendeu que a mudança na diretriz era propícia para personalizar o governo neste período pré-eleitoral. Apesar de dizer que não se sente desprestigiado com o novo panorama, Bonome revelou que não dá para garantir a união até o término do mandato de Aidan. "Não cabe a mim essa decisão. A definição cabe à circunstância que a natureza nos coloca."

Pessoas aliadas ao governo têm analisado de forma negativa esse choque interno. Eventual racha é observado apenas como desfavorável à reeleição de Aidan em 2012.

O fim da aliança pode ser pressionado a ocorrer em Santo André por intermédio da resolução do PMDB de lançar candidatura a prefeito ou vice em cidades com mais de 200 mil habitantes. O partido exige no reduto andreense, no mínimo, a indicação do vice, situação que encontra resistência na parceria na chapa de Aidan.

Bonome não foi localizado para comentar o assunto.




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