A polícia da cidade de Orlando, na Flórida, Estados Unidos, prendeu ontem Kristofer Gould, 34 anos, ex-companheiro e suspeito de assassinar a brasileira Jorgete Acarie, 39, que há 12 anos vivia no país e trabalhava como masoterapeuta. O corpo da mulher, que tem parentes no Grande ABC, foi encontrado na madrugada de domingo, na casa onde ela vivia, com 14 tiros. Gould foi preso durante abordagem policial. Ele apresentou documentos falsos, mas foi reconhecido.

O filho do casal, de 2 anos e meio, também estava na residência, mas sem ferimentos. Ele está sob custódia temporária da irmã de Jorgete, Viviane Acarie, que também vive nos Estados Unidos.

Os familiares têm certeza de que Gould, companheiro de Jorgete durante quatro anos, é o responsável pelo assassinato. "Ele era violento. Minha sobrinha já tinha reclamado diversas vezes sobre problemas com ele", destacou o tio de Jorgete, o comerciante de São Bernardo Marcos Teixeira da Silva, 56.

A imprensa local citou relatório policial sobre o caso e mostrou que a polícia foi chamada à residência do casal 56 vezes nos últimos dois anos, muitas envolvendo violência doméstica, tais como agressão e ameaças. O site Wesh.com, de Orlando, escreveu que Jorgete teria deixado bilhetes. As anotações diziam que Gould tinha intenção de matá-la. Por isso, ela estaria tentando se afastar dele.

Segundo o tio da vítima, o governo norte-americano arcou com todas as despesas de envio do corpo de Jorgete para o Brasil. "Minha irmã Iracilda, mãe dela, foi até lá para acompanhar tudo. Ela deve voltar com o corpo até o fim desta semana ou começo da próxima. Essa é a nossa expectativa."

A família não divulgou o local onde será realizado o velório e enterro da brasileira, mãe de outros três filhos, uma delas casada.