Política Titulo Eleições 2012
PMDB ressurge com potencial

Desde 1992 sigla não elege um prefeito no Grande ABC;
nas eleições 2012, lidera as pesquisas em três municípios

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
28/08/2012 | 07:15
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Pesquisa eleitoral é a fotografia do momento. Mas a segunda rodada do levantamento do Diário, publicada no domingo, mostra o ressurgimento do PMDB no Grande ABC. De acordo com a sondagem, os candidatos a prefeito do partido lideram em três cidades: São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires.

Desde 1992, há 20 anos portanto, a sigla não elege um chefe do Executivo. Os dois últimos foram José Carlos Grecco (Mauá), mas que terminou o mandato 1993-1996 pelo PSDB - à época ainda não existia a lei de fidelidade partidária - e Valdírio Prisco (Ribeirão Pires).

O auge da agremiação ocorreu na gestão 1977-1982, quando governou simultaneamente cinco das sete cidades. Na eleição seguinte, apenas em Rio Grande da Serra a legenda conseguiu eleger o sucessor. Na oportunidade, Aarão Edmundo Jardim Teixeira, irmão mais velho do atual prefeito, Adler Kiko Teixeira (PSDB), passou o bastão para Willian Valério Ramos exercer a administração 1983-1988.

Depois disso, houve hiato de quatro anos no mandato 1989-1992 em que não comandou nenhuma cidade. O PMDB, então, voltou ao poder com Grecco e Prisco na gestão seguinte, para na sequência entrar em derrocada.

Na eleição de 2000, duas chapas peemedebistas foram lançadas aos paços da região: José Francisco Alves (Diadema) e Prisco (Ribeirão) saíram do pleito com resultados negativos. Em 2004, a agremiação foi representada com outros dois candidatos a prefeito: Wilson Bianchi (Santo André) e Prisco (Ribeirão), ambas novamente sem êxito. Em 2008 apresentou um pleiteante a vice: Paulo Bio (PV) fez dobrada com Chiquinho do Zaíra (então PSB, atual PTdoB), também derrotada.

 

QUÉRCIA

O pontapé inicial do ressurgimento do PMDB no Grande ABC na eleição deste ano com potencial ocorreu em 2010. Em dezembro daquele ano morreu o cacique do partido no Estado de São Paulo, Orestes Quércia.

O ex-governador era parceiro do tucanato paulista e evitava confrontos com as legendas que estavam no poder. Com isso, os peemedebistas nas sete cidades se alinhavam com candidaturas de grande porte, garantindo espaço nos governos, mas sem se alçar ao comando das prefeituras.

Com o deputado estadual Baleia Rossi na presidência do PMDB em São Paulo, as candidaturas a prefeito foram incentivadas. Inclusive, para isso, a sigla rompeu com alguns governos em que era aliado histórico.

 

PESQUISA

Das quatro candidaturas majoritárias do PMDB nas sete cidades, três estão na liderança da segunda rodada de pesquisa do Diário, divulgada domingo. Em São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB) subiu 7,4 pontos percentuais em um mês e atingiu 41,1% das intenções de voto. Ultrapassou a candidata governista, Regina Maura Zetone (PTB), que obteve 37,7%. Estão tecnicamente empatados, pois a margem de erro é de 3 pontos percentuais, mas é ameaça real à hegemonia do PTB, que governa a cidade há 30 anos.

Já em Mauá, Vanessa Damo (PMDB) ampliou vantagem em relação ao segundo colocado, Donisete Braga (PT). A peemedebista passou de 25,8% em julho para 31,7%, agora. O petista estava com 13,7% e atualmente tem 15,3%.

Em Ribeirão, Saulo Benevides (PMDB) se desgarrou do empate técnico com Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), e Maria Inês Soares (PT) para se isolar à frente, com 34,9%. O popular-socialista angariou 20,1% e a petista, 19,6%.




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