Por conta do baixo índice de rejeição à sua candidatura, de 2,1%, registrada na pesquisa do Diário, o candidato ao Paço de Santo André pelo Psol, Marcelo Reina, afirmou que fincará o discurso anticorrupção e de ética na política por avaliar que o alto índice dos concorrentes no páreo, atrelado ao número de brancos, nulos e indecisos, de 30,8% no total, corrobora com a indignação do eleitorado com a "sujeira" do processo eleitoral. "Queremos mostrar que o Psol é diferente e que um voto de esquerda é alternativa."

Com a iniciativa, o socialista, que aparece em quinto lugar, com 0,7%, projeta conscientizar a população que o voto nulo e branco não está aliado a protesto. Segundo o prefeiturável, esse tipo de votação não resolve a situação da política, deixando com que as candidaturas abonadas se sobressaiam às adversárias - o Psol não aceita verba advinda de empresários para a campanha. "Tenho perspectiva de crescer eleitoralmente nesse aspecto, visto que essa margem atinge o total alcançado pelo Aidan (Ravin, PTB, na liderança, com 30,4%)."

A pontuação de Reina praticamente ficou intacta no levantamento, considerando que houve queda de somente 0,1 ponto percentual, frente à pesquisa realizada em julho. Ele pretende reforçar a imagem do partido como nova opção, sem mancha. "O Psol é desconhecido por parte do eleitorado por ser jovem (tem sete anos). Nunca tivemos problema de irregularidades. Pelo contrário." Apesar de faltar 41 dias para a eleição, o socialista encara que "é muito cedo" para identificar o panorama eleitoral. "Vejo só a queda acentuada do candidato Raimundo Salles (PDT), separando PT (Carlos Grana) e PTB na frente."

Rebaixado ao posto de lanterna no levantamento, de 2,7% para 0,5%, o pleiteante à Prefeitura pelo PRTB, Alexandre Fláquer, não foi localizado para comentar o assunto.