A saúde da mulher pautou ontem o discurso do candidato a prefeito de Mauá Diniz Lopes (PR). A bordo de carro de som, o republicano trafegou pelo Parque das Américas por quase três horas. Em pausa para beber isotônico em sua quadra de futebol society, prometeu, se eleito em outubro, estabelecer limite de 20 dias para a realização de papanicolau e mamografia.

O prazo é contado a partir do agendamento dos exames. "Atualmente chegam a demorar meses. A mulher é a estrutura da casa e, quando fica doente, afeta toda a família. Por isso trataremos esta questão como prioridade", sintetizou o prefeiturável.

Para atingir a meta, Diniz mostra disposição para, inclusive, pagar pelos exames serem realizados na rede privada. Ele projeta que a espera será naturalmente diminuída com a sua proposta de abrir a Santa Casa de Misericórdia de Mauá para atender pacientes via SUS (Sistema Único de Saúde).

"Inicialmente, faremos um mutirão emergencial para acabar com a fila. Depois identificaremos a demanda remanescente, já com o atendimento da Santa Casa. Se a periodicidade permanecer acima dos 20 dias, vamos pagar para que os exames sejam feitos em clínicas particulares", explicou.

Esta não é a primeira vez que o republicano recorre à rede privada para expor uma proposta de governo. Desde o início da campanha, em 6 de julho, se amparou no empresariado em outras duas oportunidades. Primeiro disse que fará convênio com creches particulares para acabar com a defasagem no Ensino Infantil. Depois, que firmará parceria com academias para que mauaenses de baixa renda ou que tenham recomendação médica se exercitem.

Outra ideia exposta ontem pelo candidato foi a contratação do que chamou de "agentes orientadores de serviços funerários". "Para as empresas não explorarem o desespero das famílias", justificou.