O clima de tensão marcou a segunda rodada de negociação da campanha salarial da FEM (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da CUT São Paulo) ontem entre bancada dos representantes dos trabalhadores do grupo 3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos) e patrões.

O presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques, o Biro-Biro, falou da importância de as empresas do G-3 unificarem os pisos salariais da categoria (hoje são dois). "E combater a alta rotatividade que atinge 42% nas empresas do G-3. "

A bancada patronal manteve resistência às reivindicações e justificou que enfrentam dificuldades, devido desaquecimento da indústria.

A FEM também se reuniu com patrões do grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros) e pediu a ampliação da licença-maternidade para 180 dias. Já a primeira rodada com o grupo de fundição serviu para que os trabalhadores apresentassem suas reivindicações. Os próximos encontros serão no fim desta semana e a seguinte.

BANCÁRIOS - A reunião entre banqueiros e funcionários também não avançou. Ontem, o debate foi sobre segurança. "Sentimos resistência. Vamos aguardar pela negociação de amanhã (hoje), que iremos debater questões econômicas", diz o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Eric Nilson.