Política Titulo Concorrência
Para Penna, PT não vai
eleger poste em S.Paulo

Em visita ao Diário, presidente do PV alega que Padilha corre risco de alcançar votação ridícula

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
01/07/2014 | 07:18
Compartilhar notícia
Andréa Iseki/DGABC


O presidente nacional do PV, deputado José Luiz Penna, afirmou que o trabalho do PT de emplacar “um poste” não deve se configurar no Estado de São Paulo, onde o partido nunca venceu eleição majoritária na história. “A tese de eleger poste não está dando certo em São Paulo”, alegou o verde, em referência ao candidato petista ao governo paulista, Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde. A declaração foi dada ontem pelo dirigente, em visita à sede do Diário, ao lado dos correligionários Donizeti Pereira, presidente da Câmara de Santo André, e Regina Gonçalves, ex-deputada.

A seis dias do início da campanha eleitoral, Padilha aparece em terceiro lugar com 3% das intenções de voto na pesquisa Datafolha do dia 7, última publicada na disputa ao Palácio dos Bandeirantes, atrás do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que lidera com 44%, e do presidente licenciado da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), com 21%. Postulante do PV, Gilberto Natalini tem 1%, empatado com Gilberto Maringoni (Psol), que foram incluídos pela primeira vez no cenário.

Padilha foi alçado à condição de candidato pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em pleitos anteriores conseguiu êxito com os afilhados Dilma Rousseff (PT, à Presidência em 2010) e Fernando Haddad (PT, à prefeitura de São Paulo em 2012), então estreantes no páreo. Penna avaliou que a situação desfavorável ao petista, debutante na concorrência a cargo eletivo, se dá pela tradição política na esfera estadual. “Ele corre sério risco de ter número ridículo de votos. Tem sintomas visíveis (do declínio), como a saída do PP (na aliança)”, disse Penna – ontem o diretório progressista deixou o projeto do PT para apoiar Skaf. “Não dá para brincar de poste aqui”, emendou o verde.

O PV atua com a possibilidade de alcançar média de 5% do eleitorado na sucessão de Alckmin, com a candidatura de Natalini (vereador de São Paulo e ex-secretário de Saúde de Diadema), visando levar a disputa ao segundo turno. “Não tem nada definido, mas há tendência. A nossa candidatura vai surpreender. Os partidos tradicionais têm de entender que não existe isso de coligação no primeiro turno”, sustentou ele, acrescentando que a etapa inicial serve para que as correntes políticas se expressem de maneira clara sobre linha ideológica.

Na disputa ao Palácio do Planalto, a cúpula verde homologou o voo solo do ex-deputado federal Eduardo Jorge. Ele está no PV desde 2003 e, como a sigla, se aproximou do tucanato em São Paulo. Pela aliança, foi secretário do Verde nas gestões de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD). O verde terá a complicada missão de encabeçar a chapa após a expressiva votação da ex-senadora Marina Silva, então na legenda e hoje no PSB, que obteve 20 milhões de votos em 2010. “Cada eleição é diferente. A (nossa) votação virá da insatisfação com a estrutura política do País.”

No âmbito proporcional por São Paulo, a estimativa estabelecida pelo PV é repetir o resultado de quatro anos atrás, quando a sigla elegeu cinco deputados federais e nove estaduais, formando a terceira maior bancada da Assembleia Legislativa, atrás apenas do PSDB e PT. “Nossa meta é repetir o feito em São Paulo e ampliar no resto do Brasil”, discorreu Regina.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;