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Líderes comemoram discurso único do PTB

Referências no Grande ABC, Auricchio e Volpi exaltam racha com Dilma e apoio a Aécio

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
25/06/2014 | 07:40
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Ricardo Trida/DGABC


As principais lideranças petebistas do Grande ABC comemoraram o rompimento do PTB nacional com a tentativa de reeleição de Dilma Rousseff (PT) e o consequente anúncio de apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República.

O partido, aliado de primeira hora do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vivia ‘esquizofrenia política’ por apoiar dois projetos completamente distintos, um no Estado (tucano) e outro no País (petista). “Ficamos mais confortáveis com esse alinhamento. Temos um discurso único”, frisa o secretário paulista de Esportes, José Auricchio Júnior (PTB).

“Já estávamos num momento de consolidação desse cenário na convenção nacional do PSDB, realizada semana passada. Por outro lado, mostra a fragilidade do projeto de reeleição de Dilma, que vem perdendo adeptos, pois destrata aliados, não cumpre acordos”, discorre o ex-prefeito de São Caetano. “Estamos plenamente satisfeitos em compor esse grupo, com adesão ao PSDB em São Paulo e agora em âmbito nacional. Já tínhamos essa parceria com Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002) e agora voltamos a ter com a candidatura do Aécio”, completa.

O coordenador regional do PTB, Clóvis Volpi, corrobora. “O PTB de São Paulo está apoiando o governador Geraldo Alckmin e ver que haverá essa continuação da nacional é alívio muito grande. Historicamente o PTB tem laços com o PSDB. Talvez a personalidade da presidente Dilma tenha peso nessa decisão (de romper com o PT). Não houve grande parceria. O PTB deu muito mais do que recebeu dela”, disse o ex-chefe do Executivo de Ribeirão Pires, atual adjunto na Pasta comandada por Auricchio. “Sobre Aécio, escrevi artigo há mais ou menos dez anos elogiando sua postura, tinha certeza que ele chegaria longe. É liderança de grande ascensão política”, acrescenta Volpi.

A presidente do PTB de Santo, Dinah Zekcer, já havia manifestado incômodo com apoio à petista, em reunião no início do ano com integrantes da executiva estadual do PTB. Na ocasião, afirmou que não subiria em palanque de Dilma na região.

A cúpula petebista nacional reclamou da dificuldade de montar os palanques nos Estados, por obstrução do PT que prioriza o projeto de reeleição da presidente, do tratamento que é dado aos parlamentares do partido, além de acordos partidários não cumpridos. O partido terá entre um minuto e cinco segundos e um minuto e 15 segundos de tempo de propaganda eleitoral gratuita na televisão e no rádio.
 




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