Ainda não foi desta vez que o debate sobre a revisão no sistema de transporte escolar de Diadema chegou ao fim. A reunião realizada ontem entre a comissão de vereadores que discute a proposta e os condutores terminou sem avanço.

Ponto mais polêmico do projeto, as novas regras para punir motoristas imprudentes não entrou na pauta da plenária. Outra reunião foi marcada para terça-feira, com objetivo de acabar com o impasse.

A mudança prevê multa, suspensão do condutor ou até mesmo cassação da permissão para exercer o trabalho em casos de infrações. Mas, na avaliação dos profissionais, a alteração é desnecessária, já que o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) estabelece essas punições.

“Não vamos interferir na legislação nacional, mas vamos flexibilizar as regras no município”, disse o secretário municipal de Transportes, José Carlos Gonçalves.

Segundo ele, pela regra atual, estabelecida em 2009 na gestão do ex-prefeito Mário Reali (PT), um condutor pode ser autuado numa infração considerada grave e perder a licença imediatamente. “Com a mudança, a pontuação das multas aumentará gradativamente”, frisou.

Os códigos de enquadramento e os valores recolhidos com as multas serão fixados posteriormente, em regulamento definido por ato do prefeito Lauro Michels (PV).

Aprovado em primeiro turno dia 12, o projeto será votado em definitivo na semana que vem. “Tivemos pouco tempo para debater a peça. Na próxima semana vamos dialogar para sanar as dúvidas”, disse o líder do governo, José Dourado (PSDB).

Atualmente, 179 profissionais estão habilitados para trabalhar no município. Apesar de cadastrados pela Prefeitura, eles não recebem subsídio público.