Política Titulo Sem avanço
Frente Parlamentar Regional não se consolida como fórum ativo

Falta de interesse impede que bloco de vereadores se torne realidade

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
23/06/2014 | 07:54
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Retomada em 2013, a Frente Parlamentar do Grande ABC está longe de ser um fórum de discussão ativo, com participação efetiva dos 142 vereadores da região. Ainda sem coordenação definida, o bloco se reuniu apenas uma vez neste ano, no fim de março, em São Bernardo.

Desde então, havia expectativa de novos encontros para formatar o embrião de colegiado, mas a plenária não aconteceu e a iniciativa pode cair no esquecimento, assim como nas outras ocasiões em que foi discutida pelos legislativos das sete cidades.

A formação de um grupo regional de vereadores é pauta recorrente e sempre resgatada quando uma nova legislatura se inicia. A última tentativa foi em 2009, mas não avançou devido à baixa adesão dos parlamentares.

Um dos entusiastas da frente regional, o chefe da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), acredita na consolidação do bloco. “Vamos avançar esse debate, estabelecendo estatuto e diretrizes para aperfeiçoar nossa atuação”, afiançou. Porém, se depender da iniciativa dos integrantes da atual legislatura, a medida tende a fracassar mais uma vez.

Na semana passada, foi realizada reunião em São Bernardo para discutir a participação dos vereadores da região no conselho consultivo do Consórcio Intermunicipal, só que apenas 16 parlamentares participaram, sendo 13 da Casa anfitriã. Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não tiveram representantes no encontro.

O objetivo do ato era definir quatro representantes (dois efetivos e dois suplentes) dos legislativos para deliberar decisões do fórum de prefeitos. Mas com a falta de quórum, nenhuma decisão foi tomada e nova reunião deve ser marcada.

No fim da plenária, o presidente da Câmara são-bernardense, Tião Mateus (PT), reconheceu ausência de interesse na discussão.

Atrair os parlamentares para atuar de forma intensiva nas reuniões é o principal desafio do grupo. No encontro realizado no ano passado em São Bernardo, 81 vereadores participaram, mas metade foi embora antes mesmo da reunião terminar.

Com o começo da disputa eleitoral, em que os vereadores atuarão de maneira direta ou indireta no pleito, se torna complicada a agenda de reuniões integrada.

Num momento em que o Consórcio se tornou entidade pública e aumenta seu potencial de pleitear verbas federais e estaduais, os vereadores da região centralizam as atividades em seus redutos. Neste sistema, a consolidação da frente parlamentar do Grande ABC não consegue angariar força política, como ocorre, por exemplo, na Baixada Santista.




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