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Dilma fala da Copa e de 'custo da democracia' à BBC
04/06/2014 | 09:05
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Os atrasos nas obras para a Copa do Mundo foram minimizados ontem à noite pela presidente Dilma Rousseff que afirmou que a demora na construção de projetos de mobilidade urbana são como um "custo da democracia" brasileira. Segundo a BBC, as afirmações foram feitas em um jantar da presidente com correspondentes internacionais no Palácio da Alvorada.

A página da emissora britânica na internet publicou nesta manhã reportagem sobre o jantar realizado em Brasília. Segundo a BBC, Dilma minimizou a preocupação sobre a conclusão das obras para o mundial que começa na próxima semana. "Em todo o mundo, esses grandes projetos de engenharia sempre ficam por um fio", disse Dilma.

A reportagem diz que a presidente comentou que ninguém faz grandes projetos como um metrô em pouco tempo. "Ninguém faz um (metrô) em dois anos. Bem, talvez a China", disse aos correspondentes internacionais. A presidente classificou os atrasos como "o custo de nossa democracia", segundo o BBC.

Sobre os protestos populares contra o mundial, a presidente disse aos jornalistas que as manifestações fazem parte da democracia, mas milhares de policiais e soldados estarão na rua para permitir a realização do evento. "Nós garantiremos plenamente a segurança das pessoas", disse Dilma.

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Um dos presentes, o correspondente da BBC no Rio de Janeiro, Wyre Davies, elogiou a presidente. Em um texto publicado nesta manhã no blog do jornalista, Davies diz que a "informalidade (de Dilma) com pessoas que se reúnem pela primeira vez é envolvente". "Sua compreensão de questões de política detalhadas - especialmente macroeconomia - é impressionante e persuasiva", disse.

No blog, o correspondente diz que Dilma defendeu no jantar que "não vai correr o risco de aumento do desemprego ou recessão". Em uma longa afirmação sobre a economia, diz o jornalista, a presidente encerrou com a reafirmação de que a redistribuição de renda continuará a ser feita pelo governo.

"A redistribuição de renda e de recursos é uma parte importante da nossa política e defendemos o direito de continuar fazendo isso", disse, segundo o blog. "Para mim, foi igualmente valioso passar algumas horas na companhia de, sem dúvida, um dos líderes mais poderosos, mas menos compreendido do mundo", diz o jornalista.




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