O Ministério das Cidades, do governo federal, formalizou ontem a contratação de 910 unidades habitacionais em parceria com a administração do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Com o acordo, a Caixa Econômica Federal comprará terreno particular, no bairro Jardim do Estádio. A área foi invadida em 2012 pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e o movimento ficou conhecido como Novo Pinheirinho.

O acordo envolverá R$ 14 milhões, entre Planalto, governo do Estado e Prefeitura. O Paço depositará R$ 4,3 milhões. A ação recebeu esse nome em referência à comunidade de São José dos Campos, que teve reintegração judicial cumprida um mês antes da ocupação feita por 208 famílias na Rua Adriático, em solo andreense. O acerto foi publicado no Diário Oficial da União com o resultado do processo de seleção de projetos, no qual a proposta petista entrou na lista.

Segundo o secretário de Relações Institucionais, Tiago Nogueira (PT), da totalidade, 310 casas serão direcionadas para integrantes do MTST, que até hoje recebem aluguel social da Prefeitura. Os outros 600 apartamentos passarão por sorteio de inscritos no programa – famílias que ganham até R$ 1.600 de renda ao mês. “A invasão se deu na gestão Aidan Ravin (PSB) e ficou longo período sem solução. Entramos (na Prefeitura) e começamos a negociação. Eles (sem-teto) desocuparam a área e agora foram enquadrados no Ministério”, frisou o petista.

O espaço está classificado como Zeis (Zonas Especiais de Interesse Social) e foi dividido em duas matrículas. Pelo projeto, os possíveis beneficiários do programa terão que comprovar que moram há dois anos em Santo André, inclusive, com título de eleitor na cidade, que possui deficit habitacional de 25 mil moradias.