Setecidades Titulo Segurança pública
Assaltos têm alta de 66,9% em um ano no Grande ABC

Em abril, 21 pessoas foram assassinadas na região; com 6 mortes, Mauá lidera ranking

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
24/05/2014 | 07:00
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O número de roubos registrados nas sete cidades do Grande ABC em abril teve alta de 66,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Estatísticas divulgadas ontem pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) mostram que as delegacias da região contabilizaram 2.649 assaltos no mês passado, contra 1.584 em abril de 2013. No Estado, o crescimento foi de 29,7%.

Todos os municípios da região tiveram alta nessa modalidade criminosa. A mais significativa ocorreu em Santo André (93,7%), passando de 426 para 825 casos. Nas demais cidades a variação foi de 60% em São Bernardo, 2,1% em São Caetano, 58,8% em Diadema, 80% em Mauá e 21,3% em Ribeirão Pires. Rio Grande da Serra passou de três episódios para 12.

Roubos de veículos também tiveram elevação em relação a abril do ano passado. Foram 1.246 registros, contra 1.073 do período anterior. Houve alta em Santo André (30,8%), São Bernardo (21,7%) e Mauá (57,9%). São Caetano, Diadema e Ribeirão Pires tiveram queda, enquanto Rio Grande da Serra não teve casos em ambos os meses.

O Grande ABC registrou morte de 21 pessoas assassinadas no mês passado. Em abril de 2013 foram 20 vítimas de homicídio. Com seis mortos, Mauá lidera a lista. A única cidade que não teve registro foi São Caetano.

Na opinião de Ângelo Ísola, que ocupou até esta semana o cargo de delegado seccional de Santo André, a PM (Polícia Militar) é a responsável por controlar o aumento de roubos e furtos. “Esse é um trabalho para o policiamento ostensivo. A gente dava uma força com o Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), mas as viaturas da PM é que cuidam disso.” Ísola deixou o cargo após mudança de lei que baixou para 65 anos a idade para aposentadoria compulsória de policiais civis.

A comandante da PM na região, coronel Cláudia Rigon, foi procurada pelo Diário para comentar o assunto, mas estava indisponível para entrevistas. Até o fechamento desta edição, não retornou os contatos.

Godofredo Bittencourt, que era seccional de Diadema e também teve de deixar o posto em razão da compulsória, sustenta que o alto número de roubos se deve a boletins eletrônicos feitos, principalmente, por pessoas que tiveram os celulares perdidos. Isso porque, com o boletim de ocorrência em mãos, tentam solicitar novo aparelho. Representantes da seccional de São Bernardo não foram localizados. 




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