Cultura & Lazer Titulo Música
Zé Renato
em novo formato

ZR Trio, com Rômulo Gomes e Tutty Moreno,
lança álbum ‘O Vento Na Madrugada Soprou’

Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
17/05/2014 | 09:34
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Divulgação


Depois da turnê do álbum Breves Minutos, lançado em 2011, o compositor carioca Zé Renato percebeu que tinha alcançado uma sonoridade ímpar ao lado do baterista Tutty Moreno e do contrabaixista Rômulo Gomes, alguns dos músicos da banda que o acompanhava na estrada. Nascia a ideia do ZR Trio, cujo disco de estreia, O Vento Na Madrugada Soprou, já está à venda (R$ 28,90).

“Nem sempre era possível levar a banda completa em alguns shows e tínhamos de tocar só os três. Fui gostando muito do resultado no palco e decidi que o próximo álbum teria esse formato”, afirma o carioca.

O Vento Na Madrugada Soprou empresta o título de trecho de O Tempo Não Apagou, música de Paulinho da Viola que abre o disco. O trabalho conta ainda com versões de La Musica Y La Palabra, de Carlos Aguirre; Me Ensina, de Marcio Valverde e Nelio Rosa; Luz do Sol, assinada por Carlos Pinto e Waly Salomão; Não Quero Mais Amar a Ninguém, de Cartola, Carlos Cachaça e Zé da Zilda, e Consolação, de Baden Powell e Vinicius de Moraes.

“Gosto muito da interpretação da Gal Costa para Luz do Sol (que está no álbum Fatal) e sempre quis gravar. Essa e as outras versões casaram muito bem com o formato de trio. São músicas que já estão há muito tempo no meu HD”, brinca, sobre as faixas do lançamento,

O repertório do álbum também conta com parcerias de Zé Renato com outros compositores: Lenine (Na São Sebastião), Joyce Moreno (Pra Você Gostar de Mim e Tribos), Pedro Luís (Tenha Dó) e João Cavalcanti (Domingos).

O trio ficou em estúdio por apenas dois dias. “Tocamos e gravamos todos juntos, como se fosse ao vivo”, relata.

CROWDFUNDING - O disco de estreia do ZR Trio foi realizado graças ao apoio dos fãs, que contribuíram por meio de uma ‘vaquinha’ virtual viabilizada pelo site especializado Catarse. O financiamento coletivo fez com que o compositor se lembrasse de outro momento bastante importante em sua carreira: o começo, ainda com o Boca Livre.

O grupo conseguiu lançar seu trabalho de maneira independente, quando o termo – e a prática de não depender das gravadoras – ainda era pouco usual. “Me reportou ao início da banda. O primeiro disco foi financiado pelos nossos pais. Hoje, além da família, que pode participar do crowdfunding, todo mundo que acredita no nosso trabalho também conseguiu fazer isso”, lembra o carioca. O Boca Livre foi formado em 1978 e colocou o primeiro álbum nas lojas no ano seguinte.

O trio já fez alguns shows com esse repertório, incluindo passagens por São Paulo, e deve participar de um festival de inverno em Minas Gerais.

Para Zé Renato, outro aspecto marcante deste projeto é sua porção instrumentista, que considera estar mais visível agora. “Acho que, entre tantas facetas do meu trabalho, de compositor, cantor e músico, o violão tem papel de destaque desta vez”, afirma.
 




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