O prefeito de Mauá, Donisete Braga, colocou duas possibilidades na mesa para resolver o impasse na presidência do diretório local do PT. Realizar outro PED (Processo de Eleição Direta) para apresentar chapa encabeçada pelo secretário de Relações Institucionais, Rômulo Fernandes, ou convencer os 36 integrantes pela manutenção de Cida Maia, que chefia a sigla desde a morte da presidente Sônia Rodrigues, em 18 de março. A decisão sobre o rumo do partido será tomada em reunião marcada para amanhã, um dia antes do limite para escolha de novo mandatário.

A argumentação para refazer o PED é de que o processo renovaria o acordo costurado entre os principais grupos do partido na disputa de novembro, quando Donisete indicou Sônia para a presidência. Como Rômulo não faz parte do diretório, precisaria da disputa para se inserir na chefia. A chapa seria a mesma, a única mudança seria a entrada do secretário como presidente.

Essa proposta, entretanto, é condicionada ao consenso interno. “Caso apareça outro candidato para o PED, o que é legítimo, desistiríamos da disputa. O PT de Mauá vive bom momento de unidade. Disputa poderia atrapalhar a relação interna”, explicou o secretário de Governo, Edílson de Paula.

No caso de divergência, a saída seria trabalhar pela manutenção de Cida Maia. “Conseguimos o consenso e não podemos colocar em risco. A Cida (ligada ao grupo de Paulo Eugenio Pereira Júnior) é militante antiga”, afirmou Edílson.

Mesmo que o PED seja descartado, Rômulo não deixará de participar da executiva. No fim de junho, Luiz Alfredo dos Santos Simão (PSB) deixará cadeira na Câmara para chefiar a Pasta de Habitação. Quem herdará a vaga é o secretário de Relações Institucionais. “Temos acordo para ele assumir a liderança da bancada (do PT) e automaticamente ele (Rômulo) passa fazer parte do diretório”, informou Edílson.