Economia Titulo Emprego
Demanda por curso
soma 38 mil vagas

O Pronatec Brasil Maior oferece cursos de formação inicial ou continuada, com carga de 160 a 400 horas

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
12/05/2014 | 07:11
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Tiago Silva/DGABC


A demanda por vagas nos cursos gratuitos de qualificação profissional do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) Brasil Maior, do governo federal, superou as expectativas na região. A Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC programava receber 30 mil inscritos, mas fechou com 38.033 vagas solicitadas. Com isso, o governo terá que ampliar o volume do investimento, passando de R$ 60 milhões para até R$ 72 milhões, segundo a projeção do secretário executivo da agência, Giovanni Rocco.

“Estamos na segunda fase do programa. Agora que temos as pessoas que precisam de qualificação, estamos vendo com as entidades de ensino quem disponibilizará os cursos que são demandados. Já sabemos que cerca de 60% serão ministrados pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)”, diz Rocco. Outras escolas ofertarão os cursos, como Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), unidades estaduais, federais, entre outras.

No mês passado, Rocco se reuniu com associações comerciais da região, administrações municipais e entidades de classe a fim de levantar quais trabalhadores seriam contemplados com o programa. “As empresas foram passando para a agência suas reais necessidades e, junto com os RHs (Departamentos de Recursos Humanos), foram selecionando os colaboradores que necessitavam de cursos de qualificação. Antes de beneficiar as empresas, o próprio trabalhador será o primeiro privilegiado. Com mais conhecimento, poderá pleitear melhores salários, por exemplo. Além disso, sabemos que conhecimento é para sempre e nunca é demais”, cita o secretário executivo.

A expectativa é que as aulas comecem no segundo semestre, entre julho e agosto. “No caso de um determinado curso não ser oferecido por nenhuma escola, a intenção é ver qual delas se dispõe a criar a grade e passar a ministrar as aulas”, adianta Rocco. Ainda não foi definido, mas os cursos poderão acontecer na própria empresa, nas bases dos sindicatos de categoria ou nas escolas. “É mais fácil ‘descolar’ um professor do que 30 funcionários.”

Durante o curso, os trabalhadores receberão ajuda de custo por mês, que gira em torno de R$ 40. “O ministério pagará R$ 10 a hora/aula para o ofertante (escola). Desse total, cerca de R$ 2 serão destinados ao aluno para ajudá-lo com alimentação ou transporte. É mais um incentivo. Todas as partes saem ganhando.”

Programa atende necessidade das empresas

O objetivo do Pronatec é ampliar a oferta de cursos gratuitos de Educação Profissional e fazer a aproximação entre a necessidade das empresas e o que escolas técnicas dispõem em termos de formação, além de reduzir o gargalo de mão de obra capacitada.

O Pronatec Brasil Maior oferece cursos de formação inicial ou continuada, com carga horária de 160 a 400 horas, e cursos técnicos, com carga horária mínima de 800 horas.

ESPECIALIDADES

As demandas das empresas recebidas pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC são diversificadas e abrangem cursos nas mais diversas áreas dos setores produtivos estratégicos, entre eles estão agente de inspeção de qualidade, produção, gestão de pessoas, idiomas, operador de telemarketing, administração, padeiro, eletricista, costura industrial, operador de máquinas, mecânica, soldador, processamento da borracha, operador de injetoras e desenhista mecânico.

Já em áreas técnicas os destaques são para vendas, automação industrial, eletrônica, mecânica, mecatrônica, logística, plástico, informática e meio ambiente.

“As sete cidades se mobilizaram em prol desse projeto. Belo Horizonte possui os mesmos números que nós, do Grande ABC. Isso traz mais força à região. Conseguimos o apoio de todos”, cita o secretário executivo da Agência, Giovanni Rocco.  




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