O presidente da Câmara de São Bernardo, Tião Mateus (PT), abriu licitação para contratar empresa especializada em serviço de manutenção e reparos à estrutura do prédio legislativo, inaugurado em dezembro de 2012.

A futura prestadora de serviço terá de executar intervenções hidráulicas, substituição de fechaduras, reparar paredes e pisos, consertar vazamento em banheiros, trocar lâmpadas e soquetes, arrumar fiações elétricas e instalar tomadas.

Para toda essa cartela de trabalho, receberá R$ 254,6 mil por 12 meses. A empresa interessada tinha de encaminhar a proposta até o dia 29, prazo expirado na terça-feira. O resultado do processo licitatório será publicado na próxima edição do jornal Notícias do Município, que veicula os atos oficiais da Prefeitura e da Câmara e é distribuído todas as sextas-feiras.

Tião alegou que a futura contratada terá de prestar pequenos serviços, sem necessidade de realizar grandes mudanças estruturais no prédio. “São coisas do dia a dia, corriqueiras, como troca de lâmpada ou conserto de banheiro com vazamento. O contrato que estava em vigência terminou e o pessoal da Câmara não dá conta de fazer tudo isso”, justificou o petista.

Idealizado pelo ex-presidente da Casa Hiroyuki Minami (PSDB), o prédio foi inaugurado inacabado em dezembro de 2012. Além de necessidade de ajustes estruturais por parte da Construtora Cronacon, o edifício não possuía AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), o que impediu a realização de sessões na Câmara em fevereiro – o auditório da Associação dos Servidores Públicos de São Bernardo e sala da Faculdade de Direito abrigaram os trabalhos enquanto a presidência não regularizava a documentação junto à corporação.

À ocasião da solenidade oficial de abertura do Legislativo, funcionários da Cronacon trabalhavam no local, forte cheiro de tinta exalava no hall da Casa e tapumes estavam colocados em salas inacabadas.

Para justificar a entrega precoce, Minami afirmou que a cerimônia serviria para homenagear vereadores que não foram reeleitos e não estariam na legislatura 2013-2016.

O prédio, orçado em R$ 28,4 milhões, custou R$ 34,1 milhões aos cofres públicos. A construção é investigada pelo Ministério Público e pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).