Economia Titulo IRPF
A dois dias do fim do prazo, 29% não entregaram declaração

Contribuinte que tiver que alterar modelo só
poderá fazê-lo até amanhã; multa parte de R$ 165,74

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
29/04/2014 | 07:05
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A dois dias do fim do prazo para a entrega da declaração do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) 29,2% do total, ou 7,9 milhões de contribuintes ainda não enviaram suas informações à Receita Federal. O Fisco espera receber, neste ano, 27 milhões de documentos e, até ontem, havia contabilizado 19,1 milhões. Por hora, em média, no mesmo dia foram recebidas 156.240 declarações.

Mesmo quem já acertou as contas com o Leão, mas ainda tem dúvidas se optou pelo melhor formato, se simplificado ou completo (que permite a dedução de despesas médicas e com escola, tanto de quem declara quanto de seus dependentes), pode realizar alterações do tipo até amanhã. Passado o prazo, é permitido apenas mudar informações da declaração, e não seu modelo, a exemplo de correção de dado ou inserção de algum documento que diminua o imposto devido – calculado com base nos rendimentos tributáveis (salários e demais fontes de renda, como freelancers e aluguel).

MULTA - Quem não enviar seus dados à Receita até a meia-noite de amanhã vai arcar com multa de, no mínimo, R$ 165,74. Será cobrado 1% ao mês sobre o valor do imposto devido, mais a variação da Selic, limitado a 20% do montante. Se o devido totalizar R$ 30 mil, serão cobrados R$ 300 por mês de atraso. Se esse mesmo contribuinte não fizer sua declaração ao longo de 25 meses, em vez de R$ 7.500 o valor a pagar será de R$ 4.000.

Isso não significa que quem tiver quantias a restituir está livre da penalidade. Todo contribuinte tem imposto devido. Se essa quantia for maior do que o imposto retido na fonte, haverá restituição. Se for menor, é preciso gerar Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) para pagar a diferença à Receita. Por exemplo, se o devido é de R$ 30 mil, mas o retido, que foi pago pelo contribuinte ao longo do ano, somar R$ 35 mil, serão devolvidos a ele R$ 5.000.

Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, o melhor a fazer para quem tiver de pagar ao Fisco, é realizar esse pagamento à vista ou, no máximo, em duas vezes. Assim, o contribuinte não vai arcar com a cobrança de juros. “A perspectiva para os próximos meses é de que a taxa de juros básicos da economia, a Selic, esteja elevada. Ela é usada pela Receita para corrigir as parcelas do imposto. Com juros mais altos, o consumidor pagará uma prestação muito maior em novembro, por exemplo, mês em que termina o prazo para saldar a dívida”, alerta a instituição.

O vencimento para o pagamento da cota única ou da primeira parcela do IRPF é em 30 de abril.
 




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