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PPP transforma Sama em empresa de capital misto, diz titular de Governo

Após negativa no meio político, Edílson de Paula garante manutenção da autarquia

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
25/04/2014 | 07:23
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A proposta do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), para firmar PPP (Parceria Público-Privada) na gestão da distribuição de água não vai extinguir a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), atual responsável do sistema. De acordo com o secretário de Governo, Edílson de Paula (PT), a autarquia vai se tornar empresa de capital misto.

“No pensamento do governo, a Sama será mantida. Vamos fazer um modelo de administração mista, assim como opera a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo)”, declarou Edílson. A concessionária do sistema de distribuição de água e saneamento do Estado tem ações nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York. O modelo de gestão é compartilhado com o Palácio dos Bandeirantes, o maior acionista.

O secretário reforçou que a intenção da Prefeitura é solucionar os recorrentes problemas na distribuição de água que, entre ligações clandestinas e vazamentos, perde 35% da água que circula no município. A proposta de PPP pede projeto de modernização do sistema em acordo com a lei Sanear, que estipula diretrizes de investimento de R$ 135 milhões no setor para os próximos 30 anos. “A Sama não tem condição de investir, está debilitada. Tomamos essa decisão para buscar os recursos para investimento”, declarou Edílson.
A Odebrecht S/A foi a primeira a aderir ao PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) – a multinacional já detém a concessão do saneamento com a Foz do Brasil. “Apareceu mais uma empresa do Grupo Bettini. O processo está em aberto”, comentou Edílson. A Contern Construções foi autorizada dia 23 a participar do processo com prazo de 60 dias para apresentar projeto de gestão.

Quando Donisete anunciou a PPP, a única garantia dada foi a manutenção dos 95 servidores concursados da autarquia. A notícia repercutiu de forma negativa no meio político, principalmente no clã Jacomussi, que comanda a Sama. A autarquia tem sido utilizada como moeda de troca para abrigar aliados políticos.

O apoio do terceiro colocado na corrida pelo Paço, Atila Jacomussi (PCdoB), a Donisete no segundo turno de 2012 foi retribuído com o domínio da autarquia até 2016.
 




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