Política Titulo Aumento de 6,73%
Lauro e vereadores reajustam próprios salários em Diadema

Prefeito terá contracheque de R$ 20,8 mil e vereadores ganharão R$ 9.525 mensais

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
25/04/2014 | 07:17
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Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), e os vereadores reajustaram em 6,73% seus próprios salários, se aproveitando de dispositivo da LOM (Lei Orgânica do Município) que permite agentes públicos da cidade aumentarem os vencimentos com base no percentual concedido ao funcionalismo público. Também foram majorados os vencimentos dos servidores da Câmara, dos 17 secretários municipais e da vice-prefeita Silvana Guarnieri (PTB).

Com o acréscimo, Lauro passará a ter o terceiro maior contracheque entre os prefeitos do Grande ABC. Os R$ 20,8 mil brutos que cairão na sua conta vão ultrapassar os R$ 20 mil recebidos mensalmente pelo chefe do Executivo de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB). Ficarão atrás somente das remunerações de Luiz Marinho (PT), de São Bernardo (R$ 24.173,61), e Carlos Grana (PT), de Santo André (R$ 23.905,71).

Cada um dos 21 vereadores terá direito a ganhar R$ 9.525,33. Os secretários verão depositados R$ 10,5 mil mensais e Silvana terá holerite de R$ 11,7 mil. Os projetos de lei autorizando os reajustes foram aprovados em duas sessões ontem, por unanimidade.

Os 6,73% de aumento, aprovados no dia 3 em assembleia do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), têm como base reposição inflacionária medida pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Os servidores também acataram majoração nos valores do vale-refeição e vale-alimentação – todos os benefícios serão retroativos a 1º de março.

Pelos cálculos do Paço, os reajustes concedidos ao funcionalismo, ao prefeito, à vice e aos secretários vão impactar 49,75% da receita municipal, em estimativa de 2014. A Prefeitura vai despender R$ 478,5 milhões para arrecadação projetada de R$ 961,8 milhões. Pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), a administração pode comprometer até 54% da receita.

Já nas contas da Câmara, a majoração salarial elevará para R$ 18,3 milhões o custo com funcionários no Legislativo, comprometendo 59,45% do Orçamento da Casa. Na LRF, a Câmara pode gastar até 70% dos ganhos com servidores.
 




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