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Insegurança nas ruas e clamor público

A morte trágica do médico Dárcio Maurício Correa foi a gota d’água para os moradores de São Caetano.

Do Diário do Grande ABC
19/04/2014 | 10:52
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 A morte trágica do médico Dárcio Maurício Correa foi a gota d’água para os moradores de São Caetano. Vítima de latrocínio no bairro Santa Paula, no dia 24 de março, Dárcio tinha apenas 36 anos, era médico da Seleção Brasileira de Tênis de Mesa e com diversos planos para o futuro. Manifestantes se mobilizaram dias após o crime em caminhadas e manifestações defronte ao plenário da Câmara, diante da insegurança nas ruas devido ao crescimento dos crimes de furto e roubo.

O grito dos moradores pleiteando mais Segurança ecoou no Legislativo no dia 1º de abril e paralisou a principal avenida da cidade, demonstrando o quanto estamos fartos de tanta violência com a falta de patrulhamento e constância da presença de policiais em cidade com apenas 15 quilômetros quadrados. Entre os manifestantes encontravam-se jovens, estudantes, famílias etc., que demonstraram o exercício da cidadania, ao se mobilizarem reivindicando ações mais eficazes por parte do governo.

Os manifestantes expuseram sua preocupação por sentirem ameaçados seus direitos que encontram-se garantidos na Constituição Federal. Pleitearam mais investimento no requisito que aflige todas as classes sociais: Segurança. O poder público não pode se furtar em trazer soluções imediatas para combater a criminalidade, seja por meio de mais policiais, comandos constantes, policiais nas entradas da cidade e, principalmente, promover campanhas de denúncias que estimulem e encorajem a própria população a participar no combate à criminalidade denunciando suspeitos.

É notório que a criminalidade abrange todo o País, notadamente em grandes capitais, consoante recente pesquisa da organização não governamental mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, a qual apontou o Brasil em primeiro lugar no ranking, com 16 das 50 cidades com mais de 300 mil habitantes e fora de áreas de guerras mais violentas do mundo.

A insegurança que angustia não apenas os munícipes de São Caetano, mas pessoas em todo o território nacional, é resultado de legislação ultrapassada, em desarmonia entre os poderes, e que apenas promove cada vez mais a impunidade, a insegurança jurídica, o descaso do poder político, o sucateamento das polícias e execução penal negligente, que prejudicam a paz social e tiram vidas, saúde, patrimônio e o bem-estar das pessoas. O clamor público dos manifestantes em São Caetano, pleiteando mais Segurança, tem como fundamento legítimo a ‘garantia da ordem pública’ e a ‘paz social’. É o que todos conclamam!

José Eduardo Albuquerque é advogado em São Caetano.

Palavra do leitor

 

Portugal, Mauá

Gostaria de parabenizar a Polícia Militar de Mauá pelo belo desempenho no caso da Avenida Portugal. Já estava dando como caso perdido e teria de aguentar aquela baderna, pois a Prefeitura não está nem aí para quem paga seus impostos em dia e ainda diz que a reunião em espaço público é direito. E quem paga IPTU não tem direito de dormir sono tranquilo? Igual ao do prefeito e vereadores, que não moram na Avenida Portugal ou próximo do local. Parabéns, Polícia Militar e ao novo comandante, que está tomando as providências para que possamos ter o sossego garantido, sem som alto, drogas e cenas de sexo explícito. Quem está reclamando é porque não sabe o que quer da vida. Ou a bagunça ou a ordem, as duas coisas juntas não combinam.

Isabel Greta

Mauá

Petrobras

Difícil de se ouvir o discurso da presidente da Petrobras diante do Congresso. Disse que na época da compra da Refinaria de Pasadena, a tão grande empresa Petrobras não se ateve às cláusulas do contrato. De verdade, chama a cada cidadão brasileiro de ‘ignorante’. Ou não sabe ela que todos nós compramos imóveis, carros, móveis e nessas compras sempre temos contrato para ser lido com muita atenção e que cada cláusula é importante para não nos prejudicar mais tarde? Tudo que se ouve sobre tal negociata nos dá a certeza de que essa mulher já deveria ter sido demitida. Dilma Rousseff deveria sofrer impeachment, mesmo porque, na época, ela estava lá, no cenário do imblóglio.

Rosângela Caris

Mauá

Metrô

Acompanho há vários anos sobre a chegada do Metrô no Grande ABC. Vejo vários líderes políticos da região comemorando se a obra estivesse para ser inaugurada em algumas semanas. Logicamente que esses estão querendo capitalizar votos dessa obra fantasma. Estranho que moro e circulo no Grande ABC e não vejo um único sinal de construção da obra, nem sequer simples tapume ou um aviso de ‘futura obra do Metrô’. Penso que estamos comemorando algo que tardará décadas. Vejo que muitos incorporadores e construtoras de prédios da região também estão capitalizando essa tal obra, pois já colocam o metrô nos prospectos de seus prédios como se já estivesse circulando. Para mim, o Metrô no Grande ABC estará funcionando apenas para os nossos filhos e netos, ou seja, será obra para ser inaugurada lá pelos anos 2035. Se Deus quiser!

José Alfonso Farre

São Bernardo

Foro privilegiado

Será que não deveríamos rever esse instrumento constitucional antagônico e ultrapassado? Qualquer cidadão de caráter e personalidade alimentada pelo óbvio da transparência sabe que esses dois posicionamentos são de livre arbítrio e sem obrigatoriedade para vivê-los. Acredito – assim como muitos – que o criador desse tal ‘foro privilegiado’ já o fez com intenções tendenciosas, pois precisaria do mesmo para alguma ação lesa pátria e, sabendo desse protetor macabro, poderia fazê-lo intocavelmente. Nós, como cidadãos e eleitores, não podemos continuar legando culpa a tudo e a todos se sentarmos no conforto dos estáticos. Ou ter posições contrárias às leis merece algum tipo pífio e semicriminal de privilégio?

Cecél Garcia

Santo André

 

Pelé triste

Pelé desabafa (Esportes, dia 8). O Rei do Futebol está triste com o caos aéreo, está triste porque ama o futebol, por causa das favelas e com os turistas europeus. Porém, com a morte do operário Fabio Hamilton Cruz, Pelé não ficou triste. Aliás, disse apenas que morte assim ‘é normal, faz parte da vida’. Sua mente processa de forma natural e desumana, afinal não é filho seu, talvez seja filho de doméstica tal qual sua rejeitada filha Sandra, tipo de gente que ele abomina, quer distância. Mas Pelé também está triste pelos protestos populares, pelos jogadores e com tudo que acontece neste nosso Brasil. E no meio de tanta tristeza, acredito que os filhos da desprezada filha Sandra estão tristes com Pelé por não compreenderem por parte do avô o porquê de tanta indiferença, tanto desprezo.

Luiz Roberto Batista

São Bernardo

Editorial

Considerando o teor do Editorial neste Diário (Opinião, dia 15) o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC reitera que a redução de riscos é prioridade do Consórcio nos últimos anos, e há resultados muito concretos deste trabalho: todas as cidades têm PMRR (Plano Municipal de Redução de Riscos), as defesas civis foram capacitadas, as primeiras iniciativas de estruturação das cidades para implementação da lei 12.608/2012 se deram aqui. E mais que isto, tem-se a progressiva redução de acidentes nas cidades. Também para o quadriênio 2014/2017 ele continua como prioridade, inclusive como desdobramento da atenção que já vem sendo dada ao tema. Os resultados desse processo não são instantâneos, mas frutos de gestão regional responsável e coerente, construída dia após dia.

Consórcio Intermunicipal do Grande ABC




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