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Câmara de Diadema barra CPI e repúdio a Regina Miki

Com ajuda de governistas, parlamentares do PT conseguem vetar requerimentos contra secretária

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
11/04/2014 | 07:18
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Denis Maciel/DGABC


A Câmara de Diadema barrou ontem requerimento de protesto contra a ex-secretária de Defesa Social e atual secretária nacional de Segurança Nacional, Regina Miki (PT). A petista é acusada pelo ministério público de formação de quadrilha e peculato. Apresentado pelo vereador Atevaldo Leitão (PSDB), o documento foi derrubado pelas bancadas do PT, PR, PRB e PMDB. As três últimas compõem a base de sustentação ao governo Lauro Michels (PV) na Casa.

O chefe do Executivo também articulava no bastidor para emplacar CPI e desgastar a ex-secretária, possível candidata do PT à Prefeitura em 2016. Mas Regina foi blindada pelos petistas, que tiveram apoio em massa de parlamentares aliados a Lauro. “Nós não vemos (a rejeição do requerimento) como derrota. Quem achou que deveria protestar contra eventuais irregularidades cometidas por ela votou a favor, e vice-versa. É o direito de cada um”, minimizou o líder do governo, José Dourado (PSDB).

Segundo o Gaeco ABC (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ligado ao MP, Regina Miki autorizou esquema para fraudar a marcação de horas extras a 16 GCMs (Guardas-Civis Municipais) quando integrava o governo do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT-2001 a 2008).

Formalmente, nenhum pedido de CPI foi apresentado, mas o mau desempenho do requerimento de repúdio expôs a força política que a ex-secretária possui junto aos parlamentares, já que alguns deram sustentação ao governo de Filippi na época. “Nós não vamos cair nesse jogo de interesses partidários para antecipar o calendário eleitoral”, criticou o petista Josa Queiroz.

CPI MISTA
A princípio, a bancada do PT sugeriu a abertura de uma CPI mista para abordar, além do caso de Regina, outros setores considerados críticos na cidade, como a Saúde, Transporte e Educação. A movimentação, no entanto, perdeu força minutos depois, logo após os parlamentares se reunirem na sala VIP.

Em Brasília, a mesma manobra foi adotada pelos deputados do PT para desgastar a oposição e desviar o foco das investigações da CPI da Petrobras.

PROJETO
Em meio à polêmica de supostas irregularidades na GCM durante a gestão de Regina Miki, o Legislativo aprovou projeto que prevê gratificação por risco de vida aos GCPs (Guardas-Civis Patrimoniais). Além disso, a sessão ficou marcada pela volta de Márcio da Farmácia (PV) à Casa. Pré-candidato a deputado federal, o verde deixou o comando da Secretaria de Obras para viabilizar a candidatura.
 




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