Política Titulo Eleições de 2016
Lauro estrutura CPI para barrar Regina Miki em 2016

Potencial candidata do PT à Prefeitura de Diadema
é acusada pelo Gaeco por formação de quadrilha

Gustavo Pinchiaro
Raphael Rocha
10/04/2014 | 07:34
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Montagem/DGABC


O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), se articula nos bastidores para minar o incipiente projeto do PT em lançar a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, como candidata da legenda à Prefeitura em 2016. A tática envolve a Câmara e a denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público contra Regina Miki por formação de quadrilha e peculato (desvio de dinheiro público).

Lauro estuda junto à base governista a instauração de CPI para avaliar a acusação do Gaeco ABC (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que apurou que Regina Miki e 16 guardas-civis municipais fraudaram marcação de horas extras quando a petista era secretária de Defesa Social do município.

O tema ainda é tratado com delicadeza, porque no bloco que apoia a gestão verde há integrantes do antigo grupo de sustentação do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT), atual chefe da Saúde na Capital.

Líder do governo na Câmara e denunciante do suposto esquema na GCM (Guarda Civil Municipal), José Dourado (PSDB) negou discutir a CPI, porém, assumiu que o Legislativo terá de tratar do tema em breve. “Em 2008, protocolamos a denúncia. Davam risada e achavam que cairia no esquecimento. Ainda não pensei em CPI, pois está na mão da Justiça. Em futuro próximo vamos ter de falar sobre isso.”

Caso emplaque a CPI, Lauro atinge, de uma só vez, três potenciais rivais da oposição nas urnas em 2016: Regina Miki e Filippi diretamente por terem sido administradores responsáveis pela Pasta e pelo Paço à época dos acontecimentos, além do ex-prefeito Mário Reali (PT), que alçou o guarda-civil Emílio D’Angelo Júnior ao comando da GCM em sua gestão.

D’Angelo é um dos servidores acusados de receber ilegalmente horas extras, além de ter burlado marcação de ponto na corporação. O Gaeco ABC comprovou que foram autorizados pagamentos sem comprovação de horas trabalhadas. Segundo o MP, Regina Miki e os GCMs agiram para impulsionar salário de alguns funcionários do setor.

O MP ainda não estimou o volume que pode ter sido desviado dos cofres públicos – remeteu a avaliação à Justiça. Lauro pediu ao secretário de Defesa Social, Eduardo José Félix de Oliveira, a instalação de sindicância para apurar os fatos e mensurar a quantia que pode ter saído dos cofres públicos irregularmente. Ele não definiu se irá afastar os guardas citados no processo.




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