Política Titulo Investigação
Câmara prorroga CPI da Craisa por 60 dias

Presidente do grupo, Montorinho diz que há muito trabalho a ser feito; Ailton Lima contesta foco

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
02/04/2014 | 07:20
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A CPI da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) foi prorrogada por 60 dias. Governistas e oposicionistas acataram a extensão da vigência da comissão, alegando que ainda há diversos temas pendentes a serem elucidados.

Instaurado em setembro, o grupo iniciou efetivamente os trabalhos em novembro, após autorização judicial. Entre as ações efetivadas estão oitivas com o atual superintendente Hélio Tomaz Rocha, com o vice-presidente da Aeceasa (Central de Abastecimento do Grande ABC), Júlio César Pereira, com representantes de empresas prestadoras de serviços à companhia, além de coleta de documentos que apontaram dívida de R$ 13,8 milhões herdada dos anos 1990.

Segundo o presidente da CPI da Craisa, José Montoro Filho, o Montorinho (PT), “ainda há muita coisa a ser investigada”. “Talvez até possamos pedir mais prorrogação de prazo, porque há muito trabalho a ser feito”, argumentou.

Relator da comissão, o oposicionista Ailton Lima (Solidariedade) criticou a condução da apuração, mas consentiu com o prolongamento da investigação. “Parecem que quer apenas atingir os últimos quatro anos (do governo de Aidan Ravin, do PSB). Até agora não vi nenhum depoente de escândalos dos governos do PT.”

Na sexta-feira está marcada nova reunião da CPI. Estão agendados depoimentos de Carlos Panini, ex-diretor de Cultura da gestão Aidan, e de ex-funcionário do departamento de licitações responsável pela contratação da empresa Logos do Brasil. A prestadora de serviços foi contratada pelo ex-prefeito socialista para organizar a festa junina em 2012. Esse acordo foi considerado irregular pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).

COMISSÕES
A Câmara de Santo André efetivou ontem duas comissões especiais, uma para acompanhar a aplicação da Lei Cidade Limpa e outra para avaliar a necessidade da Ouvidoria municipal. Os integrantes devem ser definidos até amanhã.

Sobre a Lei Cidade Limpa, parlamentares desejam debater critérios adotados pelo governo.
“Há telões espalhados na cidade que não respeitam os padrões da legislação”, justificou o presidente da Casa, Donizeti Pereira (PV).

Já a comissão da Ouvidoria pretende debater o papel da instituição e o processo de votação do ouvidor municipal. Hoje apenas 16 entidades têm direito a voto ao comandante de um setor com R$ 1 milhão de Orçamento anual.
 




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