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Suplente cobra presidente da Câmara

Wanessa Bomfim volta a pedir a Paulo Suares para assumir cadeira de Batoré, afastado

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
02/04/2014 | 07:14
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Primeira suplente de vereador da coligação PMDB-PP-DEM, Wanessa Bomfim (PMDB) tem insistido em cobrar do presidente da Câmara de Mauá, Paulo Suares (PT), para que lhe conceda a cadeira de Ivann Gomes, o Batoré (PRB), que foi afastado das atividades parlamentares na quarta-feira por determinação da Justiça, enquanto responde por denúncia de suposta improbidade administrativa. A peemedebista esteve novamente no legislativo nesta semana para conversar com o petista.

A argumentação de Wanessa para que Suares a convoque para assumir a vaga de Batoré são os 1.681 votos registrados na eleição de 2012, que lhe renderam um diploma de primeira suplente de vereador. Na semana passada, a peemedebista disse que a Câmara deve cumprir a lei e não deixar uma das 23 cadeiras de parlamentares vagas. “No dia da eleição do ano passado fui sabotada com a distribuição de mais de um milhão de santinhos com o meu número de urna errado. Continuo reunindo e discutindo política com o meu grupo no PMDB”, destacou.

Suares reforçou a postura adotada quando acatou o pedido de afastamento e disse que não ocupará o espaço de Batoré. A ordem judicial foi para que a Câmara afastasse o vereador sem prejuízo de seus vencimentos e, até então, não houve cassação do mandato. “Não temos um mandato em vacância. A lei diz que podemos nomear até 23 vereadores, então, se eu desse posse a mais um parlamentar estaríamos com 24 e eu teria problemas com a Justiça”, explicou Suares.

Um conselho dado à peemedebista foi para procurar a juíza Maria Eugênia Pires Zampol, da 1ª Vara Cível de Mauá, que pediu o afastamento de Batoré, e conversar sobre o caso. “Se a Justiça determinar que eu de posse a um dos suplentes, sou obrigado a cumprir”, definiu Suares.

Em paralelo a essa disputa, o segundo suplente da coligação, Adelto Cachorrão (PP), aguarda herdar a vaga em processo que o vereador afastado responde por infidelidade partidária. Em outubro, Batoré trocou o PP pelo PRB alegando perseguição política, já que foi adversário do prefeito Donisete Braga (PT) na eleição de 2012 e o diretório municipal pepista determinou que a legenda desse sustentação ao governo petista.

Caso Batoré sofra revés nesse outro processo, Cachorrão afirma ser o herdeiro oficial do mandato. Segundo o progressista, em processos de cassação por infidelidade partidária quem assume a cadeira é o segundo mais votado da legenda “traída”, independentemente se há nome mais votado de outra sigla. Ele registrou 1.628 votos em 2012.
 




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