Cultura & Lazer Titulo Música
Cem anos de Dorival
Caymmi em S.Caetano

Marina de La Riva empresta seu toque cubano
em show que homenageia compositor baiano

Caroline Garcia
26/03/2014 | 07:00
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Divulgação


Já diria Dorival Caymmi, “o mar quando quebra na praia é bonito, é bonito”. Foi justamente em um dia de frente para o mar que Marina de La Riva amadureceu a ideia de participar das homenagens do centenário do cantor, a ser completado em 30 de abril. “O Dorival é imagético. Ele fala da Bahia de uma forma tão amorosa que qualquer um pode ter a sua Bahia em um tipo de local interplanetário. Sem falar na força da delicadeza que ele possuía”, conta Marina.

Com fortes raízes cubanas vindas do pai nascido na ilha de Fidel Castro, a cantora carioca faz dessa mistura uma identidade, tanto pessoal quanto musical. “Toda obra do artista é autobiográfica. A minha história do Brasil e Cuba está na genética, só contei o que dizia a árvore de onde vim.”

Nas apresentações homenageando Caymmi, Marina consegue também imprimir seu ritmo latino. “O Dorival é cantado de jeitos diferentes por diversos cantores. Eu também consegui me achar e isso é o que me faz feliz. No show, faço também algumas associações com as minhas músicas.”

O show montado pela artista chega a São Caetano amanhã como parte do projeto Quintas Musicais, promovido pelo Sesc da cidade. A apresentação começa às 20h, no Teatro Santos Dumont (Avenida Goiás, 1.111. Tel.: 4221-8347). Os ingressos custam entre R$ 6 e R$ 30 e estão à venda pela internet pela rede IngressoSesc (www.ingressosesc.com.br) ou nas bilheterias das unidades.

Criada no campo, a cantora começou a trabalhar aos 15 anos, e três anos depois resolveu ser criadora de búfalos. “Estava na idade de achar que podia tudo. Foi uma experiência hiperimportante. Se não fosse tudo o que passei, não teria me tornado uma artista empreendedora, que se interessa por todos os passos do trabalho, de uma forma completa.”

Tal dedicação fez com que fosse bem recebida já no seu primeiro disco de estreia, em 2007, após três anos de produção. Como convidados ilustres estavam nomes como Chico Buarque e Davi Moraes.

“Não existe sucesso sem trabalho árduo. As pessoas misturam arte com coisas que vêm de graça, mas não é assim. Tem que estudar oito horas por dia, ter um bom repertório, grandes músicos e ser hábil tecnicamente. Mas não descarto um outro ponto muito importante que eu gosto de dizer que se chama bênção e que os outros falam que é sorte.” 




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