Cultura & Lazer Titulo Cinema
Jornada emocional

O longa 'À Beira do Caminho' tem como trilha sonora algumas
das canções mais emocionais do repertório de Roberto Carlos

Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
10/08/2012 | 09:22
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O diretor Breno Silveira comandou um dos maiores êxitos do cinema nacional: Dois Filhos de Francisco (2005), a cinebiografia dos irmãos sertanejos Zezé Di Camargo e Luciano. Com À Beira do Caminho, o cineasta carioca brinca com outra jornada, agora totalmente ficcional, mas que tem como trilha sonora algumas das canções mais emocionais do repertório de Roberto Carlos, se é que se pode elegê-las.

Os personagens principais são, além do conjunto de canções do Rei, o caminhoneiro João (João Miguel) e o menino Duda (Vinicius Nascimento). Em comum, eles têm uma tragédia recente: a morte das principais mulheres em suas vidas até então.

Eles se encontram na estrada. João deixou o Nordeste após a morte da mulher (Ludmila Rosa) em um acidente. Escolheu ser caminhoneiro para não lidar com o luto e oculta suas dores nas paisagens das estradas do País inteiro ao som, claro, das canções de Roberto.

No meio do caminho, encontra o menino. Duda perdeu a mãe e empreende uma aventura louca para encontrar o pai (Ângelo Antonio) em São Paulo. Como pistas, apenas uma foto e um endereço antigo.

A partir do encontro o road movie se torna uma jornada de redenção e redescobertas. A atuação adorável de Vinicius, em seu grande papel nas telonas (até então havia feito pontas na série global Ó Pai Ó e no longa-metragem Quincas Berro D'Água) é contraponto para a segurança de João Miguel, esse sim um veterano dos longas-metragens brasileiros (fez O Céu de Suely, Cinema, Aspirina e Urubus, Xingu e Estômago, só para citar os principais).

Depois de assistir ao filme pronto, Roberto Carlos autorizou que a produção utilizasse quatro gravações suas originais: A Distância, O Portão, Amigo e Você Foi.

Os bastidores do filme guardam ainda uma coincidência triste: pouco tempo depois de terminadas as filmagens, a mulher de Breno Silveira morreu. De luto, o cineasta preferiu dar um tempo da pós-produção, o que atrasou o lançamento. Atualmente, trabalha na cinebiografia de Luiz Gonzaga e seu filho Gonzaguinha.




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