Política Titulo Inquérito civil
Craisa tem que se adequar às exigências do MP até junho

Por deliberação do órgão federal, autarquia contratará 190 funcionários por concurso público

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
24/02/2014 | 07:55
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Nario Barbosa/DGABC


A direção da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) está pressionada a adequar-se plenamente às exigências do Ministério Público Federal do Trabalho até o fim deste semestre. Conforme orientação da instituição nacional, a autarquia vai contratar por concurso público 190 funcionários que serão direcionados a diversos setores.

O período de junho remete a conclusão das análises conjuntas da Craisa e do MP. A Promotoria abriu, inclusive, inquérito civil, ainda em curso, o qual foi instaurado por conta de uma série de ocorrências de doenças ocupacionais na companhia andreense.

A autarquia sinalizou que devido ao inquérito a superintendência vem tomando providências para sanar os problemas e evitar maiores ocorrências de doenças profissionais. A direção encaminhou, por exemplo, para seleção pública a contratação de 50 cozinheiros, 120 merendeiras, dez ajudantes de cozinha e dez serventes gerais. A partir de abril o Ministério Público irá reavaliar as medidas que foram adotadas e verificar a necessidade da assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Os itens do acordo firmado com o documento passam pela cobrança.

Dentre os procedimentos que foram e ainda estão em implementação, segundo a Craisa, estão a adequação do quadro de funcionários operacionais, tendo em vista a obrigação de reduzir a sobrecarga sobre os atuais, cujo quantitativo, em vários equipamentos é considerado aquém das necessidades, o que motivou a requisição do MP. A Craisa tem, atualmente, 654 servidores, entre efetivos e cargos comissionados. De acordo com dados internos, há deficiência em mais de 100 postos.

A recomendação da Promotoria foi explicitada na CPI da Craisa, quando a bancada oposicionista criticou o aumento da folha salarial de R$ 1 milhão ao mês para R$ 1,7 milhão sob a gestão petista. A autarquia é comandada por Hélio Tomaz Rocha (PT), que negou a ampliação de 70% da folha, mencionada por vereadores da ala contrária. Segundo o petista, o acréscimo foi de 16%. O valor médio mensal com remunerações, incluindo férias, 13º salário e abono pecuniário, gira em torno de R$ 1,4 milhão.
 




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