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Industriais da região veem melhora na rede elétrica

Apesar de ter havido poucas chuvas neste ano, Eletropaulo fez avanços, dizem empresários

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
23/02/2014 | 07:07
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Nario Barbosa/DGABC


Empresários de indústrias do bairro Cooperativa, em São Bernardo, consideram que a situação vivida nos últimos anos, de quedas constantes de energia, que prejudicavam a produção e comprometiam a atividade no bairro, começa a melhorar. Ainda há muito a avançar, avalia o diretor da regional são-bernardense do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) para esse bairro, Nelson Wagner Antonini, mas ele salienta que reuniões com representantes da AES Eletropaulo, como a realizada na sexta-feira, têm sido de grande valia para agilizar a solução de problemas e tornar a relação com a concessionária mais transparente.

O dirigente cita que, embora as chuvas não tenham sido intensas como no início de 2013, em janeiro deste ano praticamente não ocorreram interrupções e no dia 6 houve uma, que levou uma hora e 50 minutos, mas por causa de galho de árvore que caiu na rede. Ele elogia o esforço da companhia em investir em subestações para reduzir o tamanho dos circuitos. “Linhas que tinham 10 quilômetros ficarão com cinco, isso facilita a identificação de problemas e fica mais fácil fazer manobras de reparo”, diz.

“Os novos circuitos deixam o sistema com configuração mais robusta”, afirma o gerente de Recuperação de Mercado da AES Eletropaulo, Rogério Jorge, que participou do encontro com a entidade. Como exemplo, em julho do ano passado, a empresa inaugurou a subestação do Sertãozinho, em Mauá, com investimento de R$ 35 milhões. Ele cita que o local ainda está em fase (que levará de 12 a 18 meses) de receber carga de energia transferida de São Bernardo, aliviando a rede nesse município. Além disso, está prevista a ampliação da subestação Piraporinha até 2016.

Segundo Jorge, as reuniões, feitas a cada dois meses com associados do Ciesp em São Bernardo, ajudam não só a orientar ações da companhia na região, mas, às vezes, até a auxiliar as empresas a descobrirem defeitos em suas próprias instalações. Ele cita que já houve caso em que o empresário reclamou de oscilações de energia, mas o industrial vizinho não percebia essa instabilidade, e se constatou que era só questão de reparo interno na fábrica.

Os encontros, organizados no município desde dezembro de 2012, se tornaram referência e já levaram outras regionais da entidade no Estado a adotar a mesma prática de chamar a Eletropaulo para conversar.

Como resultado dessas reuniões, a companhia atendeu reivindicação dos empresários, ao criar canal exclusivo de atendimento para as fabricantes. “As indústrias geram emprego, renda, desenvolvimento”, cita Jorge. Para Antonini, só falta ainda ter respostas mais rápidas de quanto tempo eventual interrupção vai levar para ser solucionada.  




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