Ideias inovadoras que incluam a tecnologia para ajudar a sociedade. A partir desta proposta o Google desenvolveu o Desafio de Impacto Social, uma espécie de concurso onde ONGs (Organizações Não Governamentais) inscrevem projetos que, depois de analisados e votados, recebem R$ 1 milhão para realizá-los.

“Lutamos bastante para trazer o desafio para o Brasil”, conta o diretor-geral do Google no Brasil, Fábio Coelho. Até agora, esse tipo de iniciativa só tinha sido realizada na Inglaterra e na Índia. “Aproveitamos o interesse especial nos países do Brim (grupo formado por Brasil, Rússia, Indonésia e México) e reforçamos a importância de apoiar quem usa a tecnologia para gerar mudanças sociais por aqui”, acrescenta. “Essa é uma grande oportunidade para mostrar ao mundo o quanto os brasileiros são criativos.”

Até dia 12 de março qualquer organização legalmente constituída, não governamental e sem fins lucrativos, poderá inscrever seu projeto de como usar a tecnologia para enfrentar problemas sociais no g.co/desafiobrasil. A tecnologia não precisa ser digital ou envolver produtos do Google. “O único critério fundamental é que a ONG consiga provar sua capacidade de implementar o projeto”, observa a gerente de marketing Flávia Simon, que destaca que o processo de inscrição é detalhado e requer a indicação sobre como o dinheiro será empregado.

Depois da fase de inscrições, a equipe do Google escolherá dez projetos como finalistas, que serão anunciados em 29 de abril. O público poderá escolher seu favorito, que será premiado. Além deste, outros três, escolhidos por juri ganharão R$ 1 milhão cada. Participarão do juri a diretora do Google.org, Jacqueline Fuller, o apresentador Luciano Huck, o músico e ativista MV Bill, o empresário Josué Gomes (filho do ex-presidente José Alencar) e a empreendedora social Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna. Os projetos serão apresentados à banca dia 8 de maio, e o resultado sai no mesmo evento.

Viviane destaca a importância da capacidade de realização. “Nem sempre só uma boa ideia resolve. É preciso analisar as condições para sua implementação. O Brasil é grande em criatividade, mas muitas vezes é pobre em habilidade de gestão”, observa. “Nessa área, a má administração dos recursos provoca coisa pior do que perder dinheiro: ela causa a perda de vidas. Pode custar a chance que uma criança precisa para ter um futuro melhor. No âmbito social, eficiência é questão de ética”, arremata.