Política Titulo São Bernardo
Deserções ameaçam autonomia do G-12 na Câmara

Fábio Landi, Reginaldo Burguês e Gilberto França estão com um pé fora do bloco independente

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
07/02/2014 | 07:03
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Nario Barbosa/DGABC


Formado em outubro para expressar o descontentamento da bancada governista com o bloco petista na Câmara de São Bernardo, o G-12 (bloco de 12 vereadores) está na iminência de um racha. Os vereadores Fábio Landi (PSD), Gilberto França (PMDB) e Reginaldo Burguês (DEM) não devem permanecer no grupo por muito tempo. O principal motivo é a ligação dos três com a gestão Luiz Marinho (PT).

França alimenta o desejo de ser candidato a deputado federal e aspira contar com o apoio do chefe do Executivo na empreitada.

A mulher de Burguês, Flávia Soares de Souza Silva, trabalha de maneira comissionada (sem concurso público) na Prefeitura como auditora de obras particulares, com salário de R$ 5.515,20.

Além de atuar como médico na rede municipal, Fábio Landi – que presidente a executiva provisória local do PSD – é aliado de Marinho desde 2009, quando ainda era filiado ao DEM e assumiu a vereança pela primeira vez.

Líder do G-12, Ramon Ramos (PDT) descarta qualquer foco de crise no bloco. “Tomei conhecimento (das saídas) pela imprensa. Na próxima semana vamos retomar as conversas do grupo e vamos falar sobre isso”, disse.

Para ele, a possibilidade de racha está descartada. “Vamos conversar, é claro que todos os vereadores têm seus projetos pessoais, mas todas as questões relativas ao grupo são definidas no diálogo”, salientou Ramon.

O surgimento do G-12 foi motivado pelo descontentamento dos vereadores governistas com o líder de governo, José Ferreira (PT), que, segundo o bloco, não dava aos parlamentares aliados de outros partidos o mesmo tratamento ofertado aos correligionários.
A insatisfação chegou ao ápice quando o grupo faltou à reunião da base aliada que ocorre toda terça-feira, antecedendo os trabalhos legislativos. Após o ocorrido, o secretário de governo, José Albino de Melo (PT), teve de intervir para contornar a crise entre os governistas.

Outro objetivo do bloco independente é disputar a presidência da Câmara em dezembro. Ramon Ramos é o mais cotado pelo grupo.
 




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