Problemas de interrupção no fornecimento do sinal da Claro relatados por muitos consumidores e comerciantes do Grande ABC no início desta semana levaram a Fundação Procon-SP a notificar a operadora de telefonia a prestar esclarecimentos sobre essas falhas.

De acordo com a fundação, a empresa terá de fornecer, entre outras coisas, a descrição detalhada da natureza técnica do que ocorreu; a data, a hora e a forma como foi detectado o problema; a identificação precisa das causas que o originaram; o número de serviços e a quantidade de usuários afetados pela pane; o período de duração do evento em cada um deles; o prazo estimado para solução definitiva do problema “e, o principal, qual a medida de ressarcimento aos consumidores”, afirma a assessora técnica do órgão, Andréa Benedetto.

Andréa esclarece ainda que a companhia tem sete dias para apresentar suas respostas. Depois, o Procon-SP vai analisar as justificativas e, se forem comprovadas irregularidades, a Claro pode ser multada em até R$ 7 milhões. De acordo com a assessora técnica, além das falhas de sinal, há a necessidade de que a informação aos consumidores em relação a essas interrupções seja mais eficiente. “Uma vez detectado o problema, ela precisaria informá-lo de forma ampla e com previsão de retorno”.

Contatada pela reportagem do Diário, a operadora informou que não faria comentários, pois não havia recebido ainda a notificação. Em relação aos problemas, havia comunicado que foram detectadas instabilidades na rede, mas que não abrangeram nem o 3G nem o 4G, só o 2G.

O consumidor que tiver dúvidas ou quiser fazer uma reclamação, pode procurar o Procon-SP. Andréa afirma ainda que os comerciantes que tiveram a interrupção dos negócios, em razão da falta de sinal, podem recorrer ao Poder Judiciário para obter indenizações por dano material.