Política Titulo Transporte
Reali rebate acusações sobre fim da integração
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
06/08/2012 | 07:09
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Alvo de ataques dos adversários devido ao fim da integração gratuita nos terminais Piraporinha e Diadema, o prefeito e candidato à reeleição Mário Reali (PT) criticou a omissão dos rivais durante a negociação com a EMTU (Empresa Metropolitana dos Transportes Urbanos) para renovar o convênio de duas décadas.

"Em vez de falar tudo que têm dito, por que não ajudaram a manter a integração? Por que não foram conversar com o governo do Estado, com a EMTU? Não adianta ficar falando agora", reclamou o petista, sobre a postura dos prefeituráveis Lauro Michels (PV) e Maridite Cristóvão de Oliveira (PSDB).

O verde e a tucana creditaram à gestão Reali o fracasso na manutenção da baldeação gratuita no sistema de transporte diademense. Para eles, a falência da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) foi o principal motivo para o encerramento da gratuidade no sistema, pois a empresa municipal de transporte auxiliava no equilíbrio financeiro da EMTU e, com isso, o benefício estava assegurado. O fim do contrato foi confirmado no mês passado, com a autarquia estadual obtendo vitória no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para cobrar passagem adicional.

O prefeito reafirmou que o rompimento do convênio de 20 anos foi promovido pela EMTU e que o Executivo não tem condições de arcar com o custo proposto pela autarquia estadual, de R$ 1 por viagem a cada passageiro. "Nunca houve essa questão de subsídio que estão falando. A única coisa que fizemos foi pagar pela limpeza dos terminais", justificou. "Se a Prefeitura tem culpa, por que o Ministério Público recorreu ao STJ para ter a integração de volta?", indagou. O MP havia ajuizado ação civil pública, com pedido de liminar, para continuar o contrato firmado em 1991, observando que a gratuidade não acarretaria em prejuízo imediato à empresa estadual de transportes. A EMTU derrubou a medida em Brasília.

Reali já tinha garantido que a administração iria "brigar na Justiça até o fim, independentemente das eleições". "Enquanto fazemos a integração temporal nos ônibus municipais, o governo do Estado, do PSDB, tenta acabar com a integração nos terminais", costuma bradar em cima de carro de som.

O governo estadual garantiu que a cobrança adicional será efetivada somente após outubro, depois das eleições, para não beneficiar ou atrapalhar candidatos em Diadema. O secretário estadual de Transportes, Jurandir Fernandes, disse ao Diário na sexta-feira que a questão ainda não passou pelo crivo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), justamente para que a discussão não seja contaminada pelo processo eleitoral.

 

CARREATA

Ontem, o PT realizou carreata pela cidade. Partiu da Vila Paulina e passou pelo bairro Eldorado, Jardim Campanário, bairro Serraria e terminou no Centro. A atividade, que contou com participação de representantes dos 15 partidos aliados, atrapalhou diversas vezes o trânsito. A carreata passou em frente à casa do ex-deputado José Augusto da Silva Ramos (PSDB) - maior adversário do PT na cidade, mas não houve provocações ao tucano.




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