Artigo

A Nação brasileira vive acreditando em seu futuro e sonhando com o momento em que contradições sejam minimizadas e melhores condições de vida sejam, de fato, realidade. Neste enamoramento pela felicidade que há de vir, a política surge como o caminho mais óbvio a ser percorrido até o dia em que o sol redentor passe a iluminar a nossa Pátria. E, como pano de fundo dessa visão paradisíaca, aparece a Educação. E parece ser a solução para tudo.

Os bons políticos são ou serão aqueles que nos derem mais e melhores escolas, acabarem de vez – e de verdade – com o analfabetismo e nos tornarem pessoas mais preparadas para os desafios do mundo. Mas, será que é isso mesmo?

Será que, alguma vez, já tivemos a curiosidade de perguntar às pessoas por que ou em quê essa tal Educação ‘redentora’ pode nos trazer o jardim encantado escondido em algum lugar do futuro? É fato que aquilo que é consenso geralmente não merece questionamentos. Então, para que discutir o óbvio? Mas, talvez esteja aí justamente a razão pela qual esse dia pareça ficar cada vez mais distante.

Um conceito tornou-se clichê e ninguém mais pensa no que é reclamado ou afirmado. E, dentro dessa perspectiva, vem outra questão ainda mais forte: será que o brasileiro, de modo geral, deseja a Educação para si e seus filhos? Desejar é mais poderoso que projetar ou planejar alguma coisa. Cada vez que desejamos, estamos caminhando em busca de algo etéreo, que não cabe necessariamente em palavras fortes ou discursos articulados. Pensando nisso, é possível afirmar que nós, brasileiros, desejamos realmente essa tal Educação?

Posso estar muito enganado, mas nossos desejos parecem passar bem longe de situações de aprendizado, ou em que constatemos que dominamos algum conhecimento. Enquanto palavras vazias e bem comportadas nos tranquilizam, desejamos ardorosamente tantas outras coisas, que a visão de uma nação educada vai se esmaecendo até desaparecer por completo. Não quero ser chato, mas a maioria das pessoas costuma não trocar passeio ao shopping por leitura, ópera ou museu.

Então, Educação não será apenas figura de retórica? Ou estarei exagerando? Às vezes, sinto que a ideia de Educação parece cumprir papel secundário na vida do País. Bela palavra, sem dúvida. Sonora, estridente. Mas, pode ser só aquela reza diária – necessária – que nos purifica do triste descaso com o presente. Ou, quem sabe, belo tesouro perdido no futuro distante e pronto para ser descoberto quando os desejos todos já estiverem realizados.

João Luiz Muzinatti é mestre em História da Ciência, engenheiro, professor, diretor do ABC Dislexia, consultor do MEC em Filosofia e escritor.

Palavra do leitor

Cidadania
Muito se critica o poder público quanto a tomar providências contra a dengue e até certo ponto é justo, pois todo ano são gastos milhões em propaganda, em pagamento a agentes de Saúde etc. Mas, e o que o cidadão faz? Muitos não estão nem aí em ajudar prevenir o mosquito e mantêm pneus, vasos e outros objetos cheios de água parada, jogam lixo nas beiras dos córregos etc. As prefeituras também são culpadas, pois nada fazem para proibir ou punir esses cidadãos. Por que não multar? Não estou sendo radical, mas, infelizmente, o cidadão só faz algo quando sente no bolso. Às prefeituras, recolham os veículos abandonados, multem os proprietários e deem prazo para retirar. Após esse período, destruam, vendam como sucata e doem a alguma instituição. Ofereçam um valor para abater no IPTU para as pessoas que denunciarem e apresentar fotos mostrando os infratores que jogam lixo nos córregos. Existem muitas maneiras de punir, é só ter vontade.
Sérgio Sanches
Santo André

Viagem
Muito estranha a atitude da ‘coronel’ Dilma ao fazer escala em Portugal antes de ir para Cuba comprar charutos, que vai distribuir para os mensaleiros que estão presos, e entregar nosso dinheiro para os ditadores pagarem miséria aos médicos que estão trabalhando como escravos por aqui. O que justifica pernoite em hotel cinco estrelas em Portugal ao custo de R$ 26 mil? Enquanto isso, no Brasil, há manifestações contra corrupção, gastos desnecessários nos estádios da Copa, aposentados clamando por reajuste maior, trabalhadores sendo furtados sem o devido aumento no FGTS, inflação subindo, hospitais públicos em caos, falta de Segurança, transportes sucateados etc. Tudo isso acontecendo e o desgoverno Dilma aumentando o cabide de emprego para a base alienada, reajustando o bolsa esmola para não perder os votos de cabresto.
Ailton Gomes
Ribeirão Pires

Comunismo
A cada dia, fico mais desanimada pelos acontecimentos neste País, que não sei se podemos chamá-lo de nosso. Os governantes, encabeçados pela ‘honrosa’ presidente, estão deitando e rolando em cima de nós. Bilhões de reais empregados em estádios de futebol, sendo que alguns só servirão para a Copa e depois serão obsoletos, em detrimento aos hospitais, abandonados por esses mesmos governantes. Dinheiro do povo foi dado a Cuba, para construir portos, enquanto os nossos estão no abandono. Até à África foram perdoadas dívidas de ditadores que massacram o próprio povo. Estão fazendo isso também conosco, nos massacrando, nos deixando sem o mínimo cuidado, dando miséria de Bolsa Família, apenas para tapar a boca de milhões de famílias. Quem diria que pessoas que lutaram contra a ditadura estariam nas manchetes como bandidos! Com toda certeza, queriam acabar com a ditadura para começar a deles, diferente, que só eles sabem realizar. Parabéns! Enganaram direitinho o povo brasileiro.
Maria Helena dos Santos
Santo André

Bênçãos
Quem assiste à TV com certeza já viu bispos, apóstolos, missionários e outros religiosos que curam todo tipo de doença. Uns mais que outros. Há quem cura dores do corpo, estresse, câncer, cegos, paralíticos etc. Uma bênção! Existe religioso que faz jejum todo santo dia e, além de não morrer de fome, não emagrece 100 gramas sequer. Outra bênção! Outro exerce tantas atividades ao mesmo tempo que até parece que tem 1.001 qualidades, já que é pregador (cultos todos os dias), ‘viajador’ (passeia pelo Brasil e mundo), cantor, compositor, escritor, diretor (TV e rádio), produtor (de filmes e desenhos) e todos os demais ‘or’ possíveis e imagináveis. Mais uma bênção! Ainda existe o lado da prosperidade, já que o fiel que acompanhar um desses santos homens tem sua situação financeira melhorada como num passe de mágica. Sendo assim, chego à simples conclusão de que sofre por doença e/ou falta de dinheiro quem quer.
Luiz Roberto Batista
São Bernardo

Estação nova?
Em Ribeirão Pires não queremos e não precisamos de nova estação da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). A nossa está, isso sim, precisando de boa conservação e melhor adequação aos dias de hoje. É bonita e deve manter o estilo original. Queremos trens mais rápidos, intervalos menores, maior atendimento de madrugada e limpeza. Construir outra estação é descabido, é falta de criatividade e fruto de sonhos políticos. O novo local pretendido já foi até proposto, em abaixo-assinado, enviado ao MP, para ser ‘porto seco ferroviário’, atendendo à nossa região. O que querem fazer com a estação atual? Cercá-la com tapumes e entregá-la a pichadores, drogados, e chamá-la de museu? Manter equipes 24 horas seria absurdo, devido à duplicidade de gastos. Sabemos que o bom turismo se faz onde o homem vive e convive naturalmente, todos os dias. E ainda dizem que Ribeirão Pires é estância turística!
Manuel da Silva Gomes
Ribeirão Pires