Política Titulo Eleições 2012
Salles se escora na
relação com Estado e União

Candidato do PDT exalta bom trânsito tanto com a gestão
Alckmin quanto com governo Dilma para conseguir verbas

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
04/08/2012 | 07:30
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Levando em consideração a questão partidária, o candidato ao Paço de Santo André pelo PDT, Raimundo Salles, avaliou ontem ser único nome na disputa eleitoral capaz de construir estreita relação com os governos estadual e federal. A afirmação se vale do fato de a legenda pedetista possuir o comando da secretaria na administração Geraldo Alckmin (PSDB) e no ministério de Dilma Rousseff (PT). Ambas Pastas ligadas ao Trabalho. Com essa aproximação, Salles aposta na garantia da liberação de repasses para implantação de projetos em Santo André.

Por projetar essa situação, Salles tem feito reuniões frequentes com integrantes do primeiro escalão do Palácio dos Bandeirantes para articular programas e angariar a adesão oficial. Na segunda-feira será a vez do secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Carlos Andreu Ortiz, do PDT. "O Estado tem sinalizado com essa parceria. Essa relação integrada, somando ao conjunto de ideias e a vontade de administrar a cidade, faz com que creiamos ser o melhor caminho (candidatura)", disse o prefeiturável que, na pesquisa do Diário, aparece em 3º lugar, com 17,8% das intenções de voto.

No Estado, outro aspecto realçado por Salles é a composição da chapa, ocupada no posto de vice com Ricardo Torres (PSDB), ex-chefe de Gabinete do secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas. Atualmente, o PTB municipal não tem proximidade com a União, liderada pelos petistas, apesar de fazer parte da base de sustentação no Congresso Nacional. Prova disso, é que o chefe do Executivo constantemente reclama da distinção de tratamento entre os municípios comandados pelo PT. Em contrapartida, o prefeito tem como aliado institucional (não eleitoral) o governador, adversário histórico do PT.

No Grande ABC, de acordo com a demanda suscitada a Salles, a dificuldade de maior magnitude não é o emprego. Diante do possível apoio, ele pretende intensificar a qualificação profissional, em especial na periferia e aos jovens. "O problema é falta de qualificação. Há demanda absurda e deterioração nos atributos. Tem muita gente em situação de baixa qualificação profissional. Por isso, propomos criar escolas técnicas municipais e fortalecer cursos de aprimoramento dentro dos sindicatos."

Em crítica ao governo municipal, o pedetista sustentou que a falta de articulação do Executivo fica clara nas ruas. Segundo Salles, o volume de intenção de votos para Aidan condiz a quem chefia o Paço. No levantamento do Diário, o petebista é lembrado por 32,5% do eleitorado e ocupa a primeira colocação. Mas, para o pedetista, esse é o recall natural de quem comanda a administração, mas Aidan não passará desse percentual. "Mesmo as pessoas que o apoiam é por medo. Não é a empreitada alegre do Aidan de 2008", citou, alegando que a rejeição - de 53,2% - ao prefeito se dá por ele não ter cumprido as suas metas. "Não fez nem o Poupatempo da Saúde (principal proposta de governo)", disse, referindo-se ao AME (Ambulatório Médico de Especialidades), do governo do Estado.

Com o recente deferimento de sua candidatura pela Justiça Eleitoral, Salles assegurou que intensificará atividades de rua, modificando a estratégia de campanha. "Terça-feira, no máximo, teremos caminhão de som para andar toda a cidade, com jingle. Vamos mudar o formato."




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