Política Titulo Saúde
Diadema perde um
médico a cada 4,5 dias

Mais três profissionais pedem exoneração da
Prefeitura; 85 já deixaram cidade desde posse

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
15/01/2014 | 07:13
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Andréa Iseki/DGABC


A rede de Saúde em Diadema perdeu mais três médicos, que solicitaram demissão da Prefeitura. Foi o primeiro registro de pedidos de exoneração em 2014, totalizando 85 baixas no setor desde que Lauro Michels (PV) assumiu a Prefeitura, em 1° de janeiro do ano passado. A média é de uma demissão de médico a cada quatro dias e meio.

Quando chegou ao Executivo, Lauro encontrou 570 profissionais da área, mas viu o crescimento nos pedidos de exoneração de funcionários que não concordam com o modelo de gestão do ex-prefeito e titular da pasta de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB).

Contratados entre 2008 e 2011, durante o governo Mário Reali (PT) – que antecedeu o de Lauro –, Regina Celia da Cruz Costardi, Luis Cavalcanti Pereira Lima e Soraya Moretti de Andrade Silva tiveram o desligamento do quadro de servidores municipais publicado no domingo no Diário Oficial.

A falta de profissionais resultou no encerramento da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de pediatria do Hospital Municipal, em Piraporinha, redução no atendimento da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) do bairro Paineiras e na alteração no funcionamento de diversas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

Em Diadema, os salários de médico variam de R$ 3.342,98 para 12 horas semanais a R$ 11.143,28 para 40 horas semanais, sendo R$ 800 de valor de plantão durante a semana e R$ 1.300 aos fins de semana. Do quadro, 73% dos funcionários têm gratificação.

Mesmo assim, muitos profissionais deixam a rede por não concordar com as atitudes de José Augusto e da diretora do Hospital Municipal, Sylvia Maria Moreira.

O município recebeu somente um profissional do programa Mais Médicos do governo federal e está inscrito na terceira fase do projeto, tendo solicitado 34 funcionários. Diadema requereu 35 profissionais na segunda etapa do programa, mas não foi contemplada. A Secretaria de Saúde perdeu prazo de adesão na primeira etapa.

A Prefeitura informou que não há previsão de contratação de médicos. Para minimizar os transtornos causados pelo deficit na rede municipal, o Paço tem prestado atendimento prioritário aos casos de urgência e emergência e organiza a escala de trabalho para atender em horários de maior demanda.
 




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