Política Titulo São Bernardo
Reforma administrativa de Luiz Marinho continua no papel

Em fevereiro, petista adiantou que iria reformular gestão, mas não enviou projeto à Câmara

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
03/01/2014 | 07:39
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Orlando Filho/DGABC


O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), terminou o primeiro ano do segundo mandato sem encaminhar à Câmara o projeto de reforma administrativa, revelada por ele em fevereiro, quando apresentou a reformulação na equipe de governo para contemplar aliados que o apoiaram na disputa pela reeleição em 2012.

O tema foi tratado com sigilo pelo petista, que evitou dar detalhes das mudanças que realizaria. A única alteração confirmada por ele, mas sem oficialização, foi a extinção da Secretaria de Obras, cujas atribuições estão a cargo do titular da Pasta de Planejamento Urbano, Alfredo Buso.

As mudanças programadas por Marinho causaram apreensão em alguns de seus aliados, temerosos com a possibilidade de perder espaço na gestão. Esse seria o principal motivo pelo qual Marinho não encaminhou o projeto com as mudanças estruturais para votação na Câmara. O petista preferiu evitar rebelião na base aliada num momento de definição de alianças para a eleição de 2014.

A reforma administrativa também preocupa os servidores municipais, que temem perder direitos trabalhistas. O Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais) reivindicou discutir o assunto com a administração por meio de mesa de negociação permanente antes de a proposta ser discutida e votada pelos vereadores.

Para assumir a Secretaria de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli deixou o departamento de Coordenação Governamental, que em princípio seria extinto, mas foi mantida por Marinho, embora ele ainda não tenha nomeado novo titular para chefiar o setor.

A promoção de Tarcísio foi estratégica. Um dos principais aliados de Marinho na administração municipal, ele é cotado para ser indicado à sucessão do chefe do Executivo em 2016.

Para isso foi alçado ao posto responsável por obras estratégicas do governo petista, como o programa de coleta seletiva de lixo, a construção do piscinão no Paço e a usina para produção de energia através da incineração do lixo, que está sendo construído no local onde funcionava o lixão do Alvarenga.
 




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