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Apesar da exposição do BC, intervenções têm defensores
24/12/2013 | 12:00
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Embora o Banco Central (BC) carregue uma posição vendida recorde em swap cambial, profissionais do mercado acreditam que, no momento, os leilões são mesmo a melhor alternativa para evitar a disparada do dólar. "É o mais indicado, porque você dá o hedge em derivativo.

E em algum momento o fluxo acaba melhorando", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco, com anos de experiência no mercado de moedas. Esta é justamente a expectativa do Banco Central: seguir irrigando o mercado e rolando os contratos de swap que vencerão nos próximos meses, mantendo recursos no sistema, até que o fluxo de dólares para o Brasil melhore.

Quando isso ocorrer - provavelmente, quando o Federal Reserve já tiver encaminhado suas mudanças no programa de bônus -, o Banco Central poderia começar a reduzir sua posição vendida em swaps, deixando os contratos vencerem normalmente. Até lá, a situação ainda é confortável, na visão do profissional do banco.

"Já ouvi comentários de que se o swap chegasse à metade das reservas (algo em torno de US$ 190 bilhões hoje), poderia haver um ataque contra o real. Mas teria que ter um estresse muito grande para isso. Teríamos que estar numa situação muito pior do que estamos", afirmou, lembrando que no fim da década de 1990, quando o real sofreu ataques, as reservas internacionais brasileiras eram muito menores.

O economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, enxerga limites para os swaps, mas também acredita que as reservas trazem tranquilidade. "É preciso considerar que, desta vez, diferentemente de outros momentos, o BC está ativo em quase US$ 400 bilhões em reservas, o que faz com que os swaps não sejam tão perigosos", afirmou Campos Neto, para quem a estratégia de intervenções do BC é "correta e necessária".




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