Secretaria da Habitação irá cobrir parte dos
gastos para abrigar 357 famílias na região
O governo do Estado anunciou que irá dividir com as prefeituras da região o pagamento de auxílio-aluguel a 357 famílias que vivem em áreas com risco elevado de desastres naturais. O pedido foi feito pelo Consórcio Intermunicipal. O número de beneficiários foi definido após mapeamento realizado pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).
“Entraremos com metade do valor do auxílio-aluguel e as prefeituras com a outra metade”, garantiu o governador Geraldo Alckmin (PSDB), em evento realizado na manhã de ontem em São Bernardo. Segundo o chefe do Palácio dos Bandeirantes, a região é a primeira do Estado a apresentar levantamento sobre áreas de risco. O Grande ABC está sendo pioneiro neste trabalho”, acrescentou.
A assinatura do convênio que irá formalizar o repasse deverá ser feita “nos próximos dias”, de acordo com Alckmin. O governador afirmou que os beneficiários serão enquadrados em programas habitacionais do governo. O valor da bolsa é de R$ 400, e a responsabilidade pela remoção das famílias é das prefeituras.
Segundo o secretário estadual de Habitação, Silvio Torres, o número de famílias que receberão o auxílio-aluguel pode aumentar, dependendo da evolução dos estudos. O titular da Pasta estima que o total de imóveis com necessidade de remoção imediata pode chegar a 450. Em novembro, o Consórcio divulgou informação na qual levantamento preliminar do IPT apontava 524 casas em perigo iminente de desmoronamento provocado por deslizamento de terra.
Inauguração
Alckmin e Torres entregaram ontem 103 apartamentos da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) na Vila Ferreira, em São Bernardo. Outras 125 unidades do mesmo conjunto habitacional deverão ser inauguradas em janeiro. O investimento aplicado foi de R$ 55 milhões.
O secretário de Habitação afirmou que todas as moradias são equipadas com piso de cerâmica, azulejos no banheiro e cozinha, esquadrias de alumínio e gás encanado. Para as famílias que ganham até três salários-mínimos, o valor das parcelas será fixado em até 15% da renda mensal.
“Somando CDHU e Casa Paulista, que é a nossa parceria com Minha Casa, Minha Vida (do governo federal), entre o que foi entregue, o que está em obra e o que já foi assinado, chegamos a 6.818 apartamentos”, enumerou o governador. Desse total, 1.700 já estão em construção em São Bernardo, ressaltou Torres.
Em discurso para as famílias que irão morar no conjunto, o secretário alertou os proprietários para que não vendam ou aluguem as unidades pelos próximos dez anos. “Se fizer isso, aí sim vai perder o imóvel. E quem comprar também vai perder o dinheiro que colocou. Os apartamentos foram feitos para as famílias que estavam aqui, e que estão sendo reassentadas para moradia digna, que elas vão poder pagar de acordo com os seus salários”, advertiu Torres.
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