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Vereadores querem espaço na direção do PT de S.Bernardo

Parlamentares que atuaram na vitória de Brás Marinho querem vice-presidência ou secretaria-geral

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
10/12/2013 | 07:30
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Montagem/DGABC


A indefinição sobre a composição do PT de São Bernardo está longe de acabar. O presidente eleito da sigla, Brás Marinho, tomará posse pela segunda vez na sexta-feira, mas grupo formado pelos vereadores José Luiz Ferrarezi, José Cloves, Luizinho e o presidente da Câmara, Tião Mateus, quer emplacar o vice-presidente do diretório municipal ou o secretário-geral da sigla, cargos que sempre foram indicados pelo líder do governo José Ferreira.

Os parlamentares alegam que colaboraram com a vitória de Brás Marinho no PED (Processo de Eleição Direta), em 10 de novembro, portanto, a reivindicação é justa. “A bancada (petista) trabalhou forte na eleição do Brás e agora queremos fazer parte (da executiva)”, disse Ferrarezi. Ele reconheceu que várias propostas de composição estão sendo discutidas, incluindo a indicação de nomes para compor a linha de frente do petismo local.

Em julho, os parlamentares da sigla realizaram ato de apoio à candidatura do irmão do prefeito, Luiz Marinho, em conjunto com outras lideranças. Os discursos de exaltação à figura de Brás deram a tônica do evento, que teve a presença do chefe do Executivo e integrantes do primeiro e segundo escalões do governo petista.

Para ter a reivindicação atendida, o bloco espera contar com a intermediação do secretário de Governo, José Albino de Melo, um dos principais articuladores da campanha vitoriosa de Brás na disputa interna.

O futuro mandatário petista tem evitado comentar o assunto, alegando que vai se pronunciar quando a executiva estiver formada.

Reuniões têm sido realizadas entre Brás Marinho e seus apoiadores mais próximos para buscar consenso e evitar que a composição da direção cause entrevero com as lideranças da legenda.

O grupo de vereadores também apoia a possível candidatura de Tião Mateus a deputado federal. Apenas os vereadores Paulo Dias e Toninho da Lanchonete são contrários ao projeto eleitoral de Tião, parlamentar mais votado da cidade em 2012, com 6.844 votos.

INDEFINIÇÃO NUMÉRICA
Além da composição, outro ponto que tem causado controvérsia entre os petistas é a formatação da executiva, atualmente composta por 13 integrantes. A CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente que elegeu Brás Marinho, avalia deixar a direção do partido com 11 nomes.

O estatuto do PT diz que a direção do partido deve ser formada por no mínimo seis componentes ou até 1/3 do diretório, formado por 44 petistas. Desse modo, deve ter no máximo 16 integrantes.

Mas, se for seguido o critério de proporcionalidade após a eleição interna, a executiva deverá ter 12 nomes, sendo oito da CNB, um da Articulação de Esquerda, um do Capt (Coletivo Ampliado do PT) e dois nomes ligados ao atual presidente do partido, Wanderley Salatiel.
 




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