Política Titulo Saúde
Mais quatro médicos deixam Diadema

Desde janeiro, quando Lauro virou prefeito, 80 profissionais pediram demissão: corte de 15%

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/12/2013 | 07:21
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Outros quatro médicos pediram demissão da Prefeitura de Diadema, resultando num corte de mais de 15% do número de profissionais de Saúde desde que Lauro Michels (PV) assumiu o comando do Executivo.


O verde chegou à administração com 570 servidores da área, mas viu 80 funcionários solicitarem exoneração por não concordarem com a política implementada pelo ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB), secretário de Saúde de Lauro.


Contratados em 2011 – sob gestão de Mário Reali (PT) –, Anderson Leandro Couto Peres Ribeiro, Elisa Couto Peres Ribeiro, Pablo Gabriel Ocampo Quintana e Mônica Siqueira Cunha tiveram seus desligamentos do quadro do governo publicados na semana passada.


Cada vez maior, o deficit de médicos resultou no encerramento da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de pediatria no Hospital Municipal, em Piraporinha, na redução do atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) do bairro Paineiras e na alteração de funcionamento de diversas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), principalmente atingindo a UBS Eldorado.


A falta de servidores também congelou plano da atual gestão em reabrir o atendimento pediátrico da UBS do Jardim das Nações, conhecido como hospital infantil. O setor foi fechado em 2012.


Em Diadema, os salários de médico variam de R$ 3.342,98 para 12 horas semanais a R$ 11.143,28 para 40 horas semanais, sendo R$ 800 de valor de plantão durante a semana e R$ 1.300 aos fins de semana. Do quadro, 73% dos funcionários têm gratificação.


Porém muitos profissionais deixaram o governo por discordarem de atitudes de José Augusto e da diretora do Hospital Municipal, Sylvia Maria Moreira. Entre as mudanças adotadas pela nova direção está a transferência de médicos especialistas para atuação no Pronto-Socorro Central, ao lado do Quarteirão da Saúde, para suprir ausência de clínicos gerais (maior baixa no quadro da Prefeitura).


Para reposição, Lauro estuda ampliar o convênio firmado com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), mantido pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O acordo, no entanto, foi diversas vezes condenado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), que considera a parceria uma terceirização de serviço essencial.
 




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