A desaceleração da inflação da Grande São Paulo, de 0,69% em outubro para 0,45% em novembro, foi decisiva no resultado nacional de variação média de preços às famílias. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), inflação oficial do País, atingiu 0,54% no mês passado, contra 0,57% em outubro.

“O peso da Região Metropolitana no índice nacional é de 31,68%, ou seja, tem a maior representatividade”, disse a coordenadora de índices de preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e responsável pelo IPCA, Eulina Nunes dos Santos.

Em São Paulo, o grupo de despesas que mais contribuíram para a desaceleração da inflação foi o de alimentos e bebidas. Em outubro, os preços subiram, em média, 1,38%. No mês passado, tiveram expansão de 0,82%.

Desta maneira, o resultado nacional, na mesma comparação de períodos, recuou de 1,03% para 0,56%.

Eulina chamou a atenção para o encarecimento da gasolina, que ocorreu mesmo sem a influência do reajuste de 4% nas refinarias, que a Petrobras anunciou na noite do dia 29. Ela destacou que o combustível influenciou a média dos preços. “A gasolina sofreu alta porque acompanhou o encarecimento médio do etanol. E também porque o setor aguardava reajuste da Petrobras e acabou retirando qualquer tipo de promoção que realizava”, explicou a pesquisadora do IBGE.

META - O IPCA apresentou resultado acumulado em 12 meses de alta de 5,77%, inferior ao visto em outubro, de 5,84%. “Não é surpresa, pois a taxa já vinha recuando, tendo em vista que os preços no segundo semestre de 2012 pressionaram mais”, disse Eulina.

O governo federal mantém a meta de inflação para o fim deste ano, limite para a variação dos preços considerado suportável para a economia, de 4,5% com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.