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Região terá mais 18 médicos cubanos

Profissionais de programa federal chegarão às unidades de Saúde até o fim deste ano

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
03/12/2013 | 07:00
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Unidades de Saúde de quatro cidades do Grande ABC receberão, até o fim deste ano, mais 18 cubanos por meio do programa Mais Médicos, do governo federal. Com a medida, chega a 47 o número de profissionais, entre brasileiros e estrangeiros, enviados pela União para atuar em locais carentes da região.

A cidade que receberá mais médicos nesta etapa é Mauá, com dez profissionais, que começam a atuar a partir do dia 13. O município recebeu no fim de outubro seis cubanos, que já estão atuando nas unidades de Saúde.

São Bernardo, que conta com 11 profissionais do programa na rede atualmente, deve receber mais seis. Segundo a Prefeitura, eles estão fazendo um curso preparatório do Ministério da Saúde, no qual recebem informações sobre o funcionamento do SUS (Sistema Único de Saúde).

Diadema também receberá um médico cubano nesta etapa, o primeiro do programa a atuar no município. A expectativa é que ele comece a atender pacientes na primeira quinzena de dezembro. O local onde o médico atuará não foi divulgado.

Santo André, que tem oito profissionais do Mais Médicos, dos quais sete cubanos e um brasileiro, receberá mais um profissional de Cuba para reforçar o atendimento de Saúde. Assim como em Diadema, ele deve iniciar as atividades na primeira quinzena do mês.

Com o reforço, a região ainda aguarda 50 profissionais que foram solicitados ao programa. As cidades apontadas como prioritárias pelo governo federal, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, receberam três e um profissional, respectivamente (leia mais ao lado).

NACIONAL

Em todo o País, 2.117 profissionais cubanos começaram a chegar no sábado para preencher vagas ociosas da segunda etapa do Mais Médicos. O grupo atenderá a população de 1.250 municípios, beneficiando mais de 7 milhões de brasileiros, a maioria do Norte e Nordeste do País.

Os médicos passarão por uma semana de acolhimento nas capitais dos Estados. A partir do dia 9, eles se juntam aos 3.678 profissionais do programa que já estão atendendo a população, totalizando 5.796 médicos em 2.025 cidades. Com o total de participantes, cerca de 20 milhões de pessoas passarão a ter atendimento por conta do programa.

Outros 700 profissionais, totalizando 3.000 médicos cubanos que desembarcaram no Brasil no início do mês, vão concluir o curso de avaliação amanhã. Até o fim do ano, serão mais de 6.600 profissionais em atividade.

Ribeirão recebe primeiros profissionais

Os primeiros três profissionais cubanos enviados para Ribeirão Pires pelo programa Mais Médicos começaram a atuar ontem. Orlando Castro Aroche, Orlando Pacheco Santana e Osmany Montoya Hechavarria são formados pela Universidade de Medicina de Cuba e chegaram ao Brasil na segunda fase do programa, no dia 1º de novembro.

Na UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Quarta Divisão, o primeiro dia de trabalho de Santana, 44 anos, foi tranquilo. “Fui bem recebido pelos colegas e pacientes”, diz ele, no português ainda arrastado.

O Brasil é o quarto país pelo qual Santana passa como médico. Ele atuou em missões humanitárias na Venezuela, Bolívia e Nicarágua. “Em Cuba é algo natural. Quem se forma em Medicina informa o governo que quer trabalhar em outros países, e há vários programas disponíveis.”

Mulher e três filhas ficaram em Cuba. “Sinto falta, mas todos temos de nos acostumar. Olha a minha menina mais velha, como é bonita”, afirma, mostrando a foto da jovem de olhos claros no tablet.

O que Santana mais quer agora é arrumar casa para alugar mais perto do trabalho. “Estou morando num hotel em Mauá, mas quero estar mais próximo.”

Para a enfermeira Antonia Máximo, 41, o reforço é bem-vindo. “Temos muitos pacientes do programa Saúde da Família que precisam de visitas domiciliares. Ele (Santana) é esforçado e tenho certeza que os pacientes se sentirão acolhidos e bem atendidos.”
 




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