Promessa de campanha, a implantação das subprefeituras da Vila Luzita e Segundo Subdistrito não fará parte da lista de prioridades do governo Carlos Grana (PT), de Santo André, para o ano que vem. O prefeito descartou realizar a segunda parte da reforma administrativa a curto prazo. Segundo o petista, a Prefeitura está impossibilitada de firmar a mudança estrutural por conta dos problemas financeiros. “Não teremos recursos suficientes para adotar essa ampliação em 2014. Isso é fato.”

O secretário de Gabinete e articulador político do Paço, Tiago Nogueira (PT), seguiu a mesma linha do prefeito e disse que a proposta teria de ser colocado “do meio do mandato para o final”. Segundo o titular, não existe clima favorável para estender a reforma já no segundo ano de gestão – a primeira etapa começa a valer em 2014. “Não estamos vislumbrando (com pressa). Outra coisa é que será ano eleitoral, período que deixa o projeto inadequado. Teríamos que jogar a discussão para 2015.”

Prova do adiamento é que os gastos não estão previstos no Orçamento do ano que vem. Na campanha, Grana propôs a mudança para dar eventual agilidade e facilidade no atendimento próximo ao cidadão. Se criadas as subprefeituras, o município ficará dividido em três, incluindo o Centro. O projeto prevê beneficiar a região da Vila Luzita, uma das mais populosas, e os bairros que ficam pós-Rio Tamanduateí, analisado como ‘esquecido’ pelos governos.

Tiago sinalizou que depois de passado o tempo de todo o processo eleitoral ficaria “mais apropriado para iniciar o debate” de viabilidade da iniciativa, inclusive econômica. “Não há uma decisão prévia (sobre modelo e prazos), até para analisarmos o conceito. A ideia seria criar sem muita estrutura (devido ao impacto financeiro com a medida, que aumentará o número de cargos comissionados). A questão será tratada no time certo. Isso porque não podemos fazer qualquer coisa apenas pró forma.”