Política Titulo Eleição 2014
PDT planeja lançar dobrada única de deputados na região

Mandatário quer Edinho Montemor na Câmara federal e Cincinato Freire na Assembleia Legislativa

Gustavo Pinchiaro
25/11/2013 | 07:42
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Arquivo/DGABC


O mandatário nacional e estadual do PDT, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, afirmou que a sigla trabalhará por uma dobrada única, no Grande ABC, de candidatos a deputado federal e estadual para o ano que vem. A estratégia do partido tenta garantir que o pré-candidato ao governo paulista, deputado estadual major Olímpio Gomes, tenha palanques na região.

“Estamos muito bem estruturados no Grande ABC, temos um time fortíssimo. Vamos ter candidato a deputado federal, o Edinho Montemor, e o Cincinato Freire é o nosso candidato a deputado estadual. Temos uma plataforma muito forte de Segurança Pública, o que é uma das maiores falhas do Estado de São Paulo”, afirmou Lupi.

Montemor exerceu mandato de vereador em São Bernardo e também já passou pela Câmara Federal. Atualmente comanda o PDT são-bernardense. Cincinato é vereador de Mauá e já disputou vaga de deputado estadual em 2006. Mesmo com a investida de Lupi, ainda faltam acertar detalhes para formalizar a dobrada.

O PDT foi o mais prejudicado nas sete cidades com a evasão de parlamentares para os recém-nascidos Pros e Solidariedade. Foram quatro baixas: Sargento Lobo (Santo André), Cidão do Sindicato (São Caetano), Ricardo Yoshio (Diadema) e Severino do MSTU (Mauá). Lupi, entretanto, minimizou a situação. “Não nos preocupa a saída daqueles que nunca estiveram.”

Diante da reestruturação, o mandatário exaltou a importância política da região. Porém, disse ainda não ter planos de alçar pedetistas a um dos sete Executivos em 2016. “O Grande ABC é a parte mais pensante da política sindical do Brasil. É daqui que surgiram grandes cabeças. Ainda não pensamos na eleição municipal. Primeiro vamos passar pela estadual. Temos a pretensão de eleger de cinco a seis deputados estaduais e três ou quatro federais. Aí vamos começar organizar o partido para as municipais”, discorreu Lupi.

Major Olímpio, no entanto, reconheceu o momento partidário. “Estamos em processo de ampliação do partido e reconstrução por onde tivemos baixas”, comentou. Com a saída do deputado federal Paulinho da Força, que liderou a criação do Solidariedade, o PDT passou por processo de evasão generalizada.

Lupi diz que uso político do Mensalão não funciona

A recente prisão de petistas decorrente do processo do Mensalão não atrapalha o diálogo do PDT com a presidente Dilma Rousseff (PT) para renovar parceria eleitoral em 2014, de acordo com o presidente nacional e estadual do partido, Carlos Lupi.

“Isso daí já é passado. Virou mais um instrumento da oposição, coisa de quem trabalha com ódio. Vai ter muito resquício disso sendo usado no jogo político. Mas também precisam tomar muito cuidado, porque vai ter o julgamento de outro Mensalão, o mineiro”, salientou, em referência ao caso ocorrido no governo de Minas Gerais durante a gestão de Eduardo Azeredo (PSDB).

Apesar de defender o PT, Lupi não nega que mantém conversas com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que deve se lançar na disputa pelo Palácio do Planalto. “Eduardo é um amigo de mais de 30 anos. Vamos continuar dialogando, porque quem não tem opção na política fica isolado. E ficar isolado é caminho para derrota.”

Sobre a renovação do apoio ao projeto de reeleição do governo petista, considerou que a “tendência” é manter a relação. “A presidente Dilma faz um governo voltado para os mais carentes e trabalhadores. Só precisamos ouvir as lideranças do partido para definir essa questão”.

Lupi deixou o Ministério do Trabalho em dezembro de 2011 após denúncias de que ele teria indicado cargos fantasmas na Câmara Federal e teria relação próxima do empresário Adair Meira. O suposto amigo detinha contratos milionários com a Pasta gerida pelo pedetista.




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