Presidente da Casa se irrita ao ser questionado sobre possível contratação da Vunesp
O presidente da Câmara de São Bernardo, Tião Mateus (PT), se recusou a falar sobre proposta da Vunesp (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista) para realização do concurso público que visa contratar 21 servidores para a Câmara.
“Não vou comentar”, disse o petista, que usou palavra de baixo calão para completar a frase. O secretário administrativo da Câmara, José Luiz de Souza, também se esquivou. “Esse processo está com o presidente.”
A polêmica que envolve a proposta é a possibilidade de a Vunesp ser contratada sem licitação, com base no conceito de notória especialização da empresa para realizar o serviço. O fato divide opiniões entre os diretores da Câmara. Alguns avaliam que a medida é possível, outros contestam a medida ao defender a realização de licitação para contratar a companhia que fará a prova.
Há, inclusive, relatos de pressão para que a assessoria jurídica concedesse parecer favorável à proposta.
Com o imbróglio, o processo foi parar na comissão de julgamento de licitações, mas a palavra final será da mesa diretora da Câmara, encabeçada por Tião.
O Diário apurou que a Vunesp não cobraria do Legislativo para realizar o certame, ficando apenas com o valor cobrado das inscrições.
A princípio, o concurso público previa abrigar 47 servidores, mas técnicos da Casa advertiram sobre possível comprometimento econômico, que terá Orçamento de R$ 63,2 milhões em 2014.
As funções disponibilizadas no certame serão para atender as assessorias administrativa, legislativa e jurídica da Câmara, substituindo funcionários que se aposentaram ou se mudaram. A remuneração varia entre R$ 2.300 e R$ 8.800.
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