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Paulo Pinheiro diz que decisões de seu governo são tomadas por bom-senso
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
16/11/2013 | 09:11
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Orlando Filho/DGABC


O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), rebateu a declaração de seu antecessor o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), de que as decisões do Paço são tomadas por um colegiado, gerando descontrole administrativo.

Segundo o peemedebista, todos os rumos do Palácio da Cerâmica são definidos pelo bom-senso. O prefeito ficou claramente incomodado com a menção do nome de seu rival político. “Ele fala por ele e eu falo por mim. Claro que há uma consulta natural à minha equipe, mas as decisões são todas tomadas pelo bom-senso. Não faço nada que vá prejudicar a população. As decisões são todas minhas porque, se o governo acertar, o bônus é de todo mundo, agora, se errar, a culpa é toda minha”, declarou Pinheiro. A declaração do ex-prefeito é em referência à presença da influência do núcleo duro da administração do PMDB.

Sobre o descontrole administrativo citado por Auricchio, o prefeito disse que “até na gestão dele” existia descontrole administrativo. “Estou equilibrando todas as contas da Prefeitura. O objetivo é melhorar. Se eu errar, vou estar sempre pensando em acertar. Ele deixou uma dívida de R$ 264,5 milhões. Isso é o quê? Um governante deixa esse montante de restos a pagar de propósito para prejudicar seu sucessor... não tem descontrole administrativo maior que esse. O Auricchio não é uma pessoa apta a falar de descontrole administrativo”, atacou Pinheiro.

A herança financeira tem sido citada pelo governo para justificar a falta de investimentos desde o começo do ano. O tema foi motivo de áspera discussão pública entre Pinheiro e Auricchio. O petebista contesta a versão do Paço e afirma ter deixado R$ 110 milhões.

Esse posicionamento de Auricchio sobre a gestão peemedebista estreou a postura de oposição adotada pelo secretário paulista. Para o chefe do Palácio da Cerâmica, entretanto, o mote não é novidade. “Ele sempre foi contra mim. Até quando eu estava no PTB e dava sustentação ao governo dele (quando era vereador) e ele foi contra mim. Quando eu disse que queria ser candidato a prefeito pelo PTB, ele passou a me prejudicar. Eu dei apoio a ele durante os oito anos (2005 a 2012), isso ele não pode falar. Se ele continuar com essa postura de oposição, para mim não será novidade”, discorreu o peemedebista.

O racha entre Pinheiro e Auricchio ocorreu ainda em 2011, quando o peemedebista – que exercia mandato de vereador pelo PTB – começou a se articular para disputar a Prefeitura. Encontrou dificuldades em emplacar a discussão no grupo capitaneado pelo petebista, por isso a escolha do prefeito em migrar para o PMDB. Ainda no outro partido, o bloco auricchista tentou derrubar a legenda de Pinheiro com ações jurídicas sem efeito.

As rusgas entre os dois se acentuaram no processo eleitoral do ano passado. As campanhas da ex-prefeiturável governistas Regina Maura Zetone (sem partido) e de Pinheiro protagonizaram ataques pessoais.

O desentendimento se amplia ainda mais quando o tema é a eleição de 2016. A dupla é vista como a principal protagonista da disputa pelo Palácio da Cerâmica.
 




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